quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O discurso de um político que tem a dimensão de um estadista

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nesta terça-feira (25) da tribuna do Senado, quando da comemoração dos 20 anos de lançamento do Plano Real, fez um discurso bastante realista ao ser homenageado, como criador e executor de um plano econômico, que acabou com a maior flagelo da vida nacional, uma inflação que corroia salários e impedia o país de avançar na direção do crescimento e do desenvolvimento.

Sem atacar ninguém e fazendo questão de enfatizar que o sucesso do Plano Real não foi uma conquista de um só homem e de um só governo, mas de toda a sociedade brasileira que apoiou e a ajudou na consolidação de um plano econômico lançado em 1994 e que hoje e visto como a redenção da nação brasileira. O que todos os brasileiros, independentemente da matiz ideológica, reconhece como sendo o plano econômico mais bem sucedido da história deste país.

Nesse seu discurso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alertou o país, para a necessidade de ser promovida uma nova mudança, que no seu entender será muito salutar para o fortalecimento e consolidação da democracia e disse: "A partir de certo momento, há uma fadiga de material. Eu sofri essa fadiga quando estava no governo e agora tem fadiga de material. De novo o mesmo? Meu Deus, o país é um país novo, precisa de aeração, de sentir ventos novos".

Do alto da sua sapiência e experiência, esse político, um dos mais bem preparados dos nossos presidentes, exortou os atuais dirigentes a facilitarem a areação da política brasileira, que nada mais é, que a renovação dos seus quadros dirigentes ou em outras palavras, a realização da alternância de poder, que está na essência da democracia.   

O único senão da biografia de FHC

Na biografia de FHC existe uma grande mácula (nódoa) produzida pela instituição da reeleição, a principal responsável, pela onda gigante da corrupção que está engolfando este país num verdadeiro Mara de Lama.

por Tomazia Arouche

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