O Brasil
erradamente se atrela aos países mais atrasados e retrógrados do mundo e repete
o abraço dos abraçados
“Em qualquer situação, é muito melhor o diálogo, o
consenso e a construção democrática (...) e que é altamente provável que o vazio
político seja ocupado pelo caos”. (frase
da presidenta Dilma Rousseff, duma entrevista onde a chefe do governo
brasileiro se manifesta sobre a grave crise venezuelana, embora reconheça o
vazio político que ameaça o futuro da Venezuela, mas defende as políticas
sociais do governo maduro).
“Muito importante que se veja a Venezuela do ponto
de vista dos avanços sociais”. (outra
frase da presidenta Dilma num mesmo contexto).
O governo brasileiro por uma questão de natureza
ideológica, tenta aparentar neutralidade quanto à convulsão social que toma
conta desse vivzinho país, onde o povo não tolera mais um governo de exceção,
embora se diga democrático, que convive com uma corrupção oficial,
aparelhamento do estado (à moda brasileira), com desabastecimento e uma
inflação renitente galopante.
A diplomacia brasileira erra ao tomar partido na
crise venezuelana, porque, cedo ou tarde a Venezuela vai dispensar o socialismo
bolivariano e o Brasil poderá perder um grande parceiro comercial. O novo protagonismo mundial brasileiro na Ásia e
África, tão decantado pelo próprio governo, que aponta as relações comerciais
com esses continentes como bem sucedidas, não consegue ser operante no seu
quintal, porque não percebe o que está acontecendo na Venezuela e no Equador (a
oposição está derrotando o governo de Rafael Correa nas grandes cidades
equatorianas, nas eleições que ainda estão sendo apuradas) e nos países que
aderiram ao bloco Aliança do Pacífico, formado pelo Chile, Peru, México e
Colômbia.
O mapa geopolitico e geoeconômico
da América do Sul está mudando muito rapidamente e o Brasil está indo a
reboque.
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