por LORENA TASCA | EL UNIVERSAL
Artistas repercutem nos twittes dos venezuelanos as
vitimas da violência
“Eu tenho muitos seguidores, mas aqui lhes
digo e digo para o meu filho que se lhe cair uma bomba lacrimogênea no seu olho
em Altamira. O perdôo”, disse à atriz Gleyse Ibarra olhando a câmera, com a sua
voz alquebrada e os olhos tristes, num vídeo colocado no Youtube. E não se
trata de um pai, mas de Maria Isabel Buisán, mãe de Carlos Alberto Tejada, que
perdeu a vista ao protestar no dia 20 de fevereiro, passado.
Outras histórias, como a
de Ángel Naya, um jovem valenciano que recebeu um disparo de policial
motorizado enquanto participava de uma manifestação, e viveu para contar em 140
caracteres e narrado na voz dramática de Alba Roversi. Enquanto que a comunicadora
Érika de La Veja pôs uma dramática entonação e um rosto aflito e o sofrimento
por que passaram os jornalistas José Márquez e Patrícia Vasconcelos na semana passada
ao se encontrarem presos num edifício em Altamira, enquanto escutavam disparos
da Guarda Nacional Bolivariana que tentava tirá-los e a um grupo de estudantes desse lugar.
Essas são algumas das histórias que resumem na voz de
artistas graças ao efeito e eco, uma campanha
criada em 16 de fevereiro, por um jornalista e desenhista gráfico venezuelano
de nome Sebastião Arrechedera, que desde os 14 anos reside na cidade do México.
Ӄ um movimento que nasceu espontaneamente, depois de uma
reunião com vários amigos. Surgiu porque nos demos conta da grande quantidade
de pessoas que estão contando as suas experiências nas redes sociais, e coincidiu
com a saída do ar do canal NTN24. Ai nos perguntamos: como buscar uma maneira
dos artistas e comunicadores contarem suas experiências que tenham vivido
alguns venezuelanos, era uma boa forma de lutar contra o blackout informativo”,
explica Arrenchedera, que se graduou no Instituto de Desenho (designe) de Caracas.
Mas não são só as pessoas
conhecidas que estão convidadas a participar da campanha crida por um jovem de
37 anos, junto com seus companheiros, também venezuelanos: Mariana Burelli,
Félix Tatia, Luis Peña e Alycia de Sousa. “A idéia é participar sem importar
quem seja. Também estamos convidando as pessoas para que façamos uma canção em
conjunto com alguns tuiteiros que tem surgido. Há muitas maneiras de se fazer
eco”, explica.
Os passos para fazer parte da campanha se encontram na página
do Facebook - Efecto eco – e para enviar propostas, o interessado deve escrever
ao correioeletronico@gmail.com.
Arrechedera sublinha via telefônica que essa campanha não pretende tomar
partido político. “Só queremos ser a voz do povo que participa das
manifestações, para que o mundo escute”, assinalou.
Por tal motivo, a página no Facebook assegura que não serão
publicadas as propostas que contenham uma posição política, religiosa, divisionista
e que incitem a violência.
Sem prejuízo, já foram recebidos comentários ofensivos de
parte dos seguidores do presidente Nicolás Maduro, através da conta
(elefectoeco). “Nós esperamos que isso não passe de insultos e que todos se
dêem conta de que os manifestantes são todos venezuelanos, sem importar a sua
posição política”, finaliza Arrechedera. Tradução: Tomazia Arouche
Siga o blog Dom Severino no Twitter e no Facebook
Siga o blog Dom Severino no Twitter e no Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário