O agravamento da situação da Venezuela se dá num momento
em que o mundo inteiro está sendo pressionado por uma crise de falta de recursos
para investimentos e a única nação que poderia socorrê-la neste momento extremamente
difícil, os EUA, não o fará, a não ser que Maduro deixe o governo.
Duas semanas de violentos protestos na Venezuela já provocaram
a morte de pelo menos 13 pessoas e plantado duvidas sobre o que poderá
significar os distúrbios para a indústria petroleira, que representa 96% do
ingresso de divisas desse país membro da OPEP.
Uma onda de crimes desenfreada, a deterioração da
economia, uma inflação disparada e a escassez de bens básicos para os
consumidores estão pressionando o presidente Nicolás Maduro, que ganhou
a eleição de abril do ano passado, com uma diferença de votos muito pequena.
A indústria venezuelana sofreu um duro golpe
com uma greve que durou dois meses entre 2002 e 2003 que foi organizada pela
oposição política com a intenção de provocar a queda do então presidente Hugo Chávez.
Isso afetou a produção de petróleo que extraiu apenas 25.000 bpd depois da
promessa da extração de 3 milhões de bpd. De lá pra cá, esse país que subsidia
quase tudo que consome e depende praticamente de um único produto de
exportação, mergulhou de cabeça numa grave crise e que está ainda ais agravada,
com as manifestações populares que incendeiam um país já tão fragilizado.
Não há nenhum exagero em afirmar que governo bolivariano
de Nicolás Maduro vive os seus estertores, porque, tudo conspira contra um
governo que tenta se impor pela força e se sustentar numa frágil base social, que
se apóia no assistencialismo.
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