segunda-feira, 7 de abril de 2014

Escassez e falta de diálogo está unindo o país contra Maduro

Nos protestos que já duram quase dois meses e se repetem diariamente contra o Governo do presidente Maduro, deles também participam “pessoas partidárias do chavismo”, admitiu hoje o coordenador da Frente Nacional da Classe Média Socialista, Carlos Hurtado.   

“Encontramos camaradas, gente partidárias do chavismo, que tem participado (...) das manifestações, ali, agrupados, porque são vizinhos que padecem quando vão aos supermercados e pegam sempre as mesmas coisas”, declarou Hurtado a emissora Unión Radio, disse a agência EFE.

O também dirigente do partido do governo, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) admitiu que o governo necessita de planos econômicos e políticos “claros” e que por isso é sempre interpelado por outros militantes.

“Nós dizem: “ei, campanheiros, ou entendemos, nós ouvimos de nós mesmos onde isso vai dar”, Hurtado acrescentou ao pedir a Maduro que estabeleça pontes de diálogo dentro do PSUV e com os opositores.

Caso contrário, advertiu, os protestos continuarão se repetindo diariamente. Protestos que começaram em 12 de fevereiro passado e já provocaram 39 mortes, incluindo ativistas de ambos os lados, com a polícia e os manifestantes presos num "fogo cruzado" virtual. 

"Quantas vidas mais terão que ser sacrificadas?" Ele perguntou e disse que o chefe de Estado governa para os 30 milhões de habitantes. 

"O Chavismo tem um pouco mais de metade do país" a seu favor, ele disse, "mas há outra grande porcentagem do país que o vê negativamente", disse Hurtado. 

“Quando você é o presidente, você é o presidente de todos os venezuelanos. Tu não és o presidente da Plaza Venezuela, a Oeste (em áreas povoadas)", disse ele ressaltou Hurtado. 

"Em nossos movimentos coletivos, sociais, temos dificuldade para levar a mensagem revolucionária, pois não podemos justificar o injustificável", disse Hurtado e criticou o governo que só dialoga com empresários de certas atividades. 

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