Secretário-geral da Aliança Atlântica defende
que devem ser tomadas "medidas suplementares" que podem incluir novos
reposicionamentos de tropas e equipamentos
A NATO revelou imagens de satélite que mostram o reforço da concentração
de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia. Nas imagens, vê-se uma grande
concentração de aviões de combate, de helicópteros, de artilharia, de
infantaria e de homens das forças especiais que fontes oficiais dizem estar
preparadas para agir num prazo de 12 horas.
As
imagens mostram filas de tanques e de veículos armados a 50km da fronteira do
Leste da Ucrânia. As imagens da NATO foram tiradas nas duas últimas semanas e a
Aliança Atlântica especifica que há armamento em cerca de cem zonas que, em
Fevereiro, estavam vazias.
Uma dessas zonas é a base
aérea de Buturlinovka, que estava praticamente desocupada e agora alberga
dezenas de caças. Outra é Belgorod, onde estão agora estacionados 20
helicópteros e que, segundo a BBC e o New York Times, citando
fontes oficias, pode ser à base de ataque de uma eventual operação devido à sua
proximidade com a Ucrânia.
“Trata-se de uma força
significativa e pronta para avançar”, disse à BBC o brigadeiro Gary Deakin, que
dirige o centro de operações de crise da NATO em Mons, na Bélgica. “Tem
capacidade para se deslocar rapidamente para dentro da Ucrânia mal receba
ordens.”
As imagens da NATO revelam que
se trata de uma força invasora e não de tropas em “exercício”, como Moscou tem
defendido. Há também perto de 40 mil soldados estacionados junto à fronteira
ucraniana.
Já nesta sexta-feira, o
secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen - que sai do cargo em Outubro -
defendeu que a Aliança deve responder às movimentações russas adotando
"medidas suplementares" como a deslocação de tropas para zonas
estratégicas e a realização de exercícios militares.
A crise na Ucrânia já levou a
NATO a reforçar o policiamento aéreo nos estados bálticos e a enviar
aviões-radar Awacs para a Polônia e para a Romênia. Também foi reforçada a
vigilância naval no Mar do Norte, disse Rasmussen em Sofia. "Mas penso que
temos que tomar medidas suplementares e, de acordo com as recomendações das
nossas autoridades militares, vamos discutir o assunto nos próximos dias e
semanas".
"Esta reflexão poderá
incluir uma evolução dos nosso planos de defesa, o reforço dos exercícios e o
deslocamento apropriado [de tropas]", disse , Rasmussen sublinhando
contudo que não está sobre a mesa uma "opção militar". "A NATO
defende e protege os seus aliados e adotaremos as medidas necessárias que
assegurem que essa defesa coletiva seja eficiente". O secretário-geral
voltou a dizer que todas as decisões da NATO são "legitimas perante a
instabilidade criada pelas ações ilegítimas da Rússia". com P Público
Siga o blog Dom Severino no Twitter e no Facebook
Siga o blog Dom Severino no Twitter e no Facebook

Nenhum comentário:
Postar um comentário