O Brasil que o poeta Osório Duque Estrada, autor do hino nacional, numa das estrofes do nosso hino diz ser um “Gigante pela própria
natureza”, após chegar a ser a sexta economia do mundo, hoje aparece aos
olhos dos estrangeiros como um transatlântico à deriva. É que uma sucessão de dados
negativos da economia brasileira, que somados ao monumental escândalo da
Petrobras, mais conhecido como Petrolão, fazem com que este país pareça sem
comando.
O governo brasileiro não comparando mal, está como
um cego tateando no escuro sem conseguir encontrar uma saída. É que são tantos
os problemas que a presidenta Dilma Rousseff vem tendo que administrar, que não
lhe sobra tempo para montar uma agenda positiva.
O escândalo do Petrolão, por exemplo, tamanha a sua
dimensão e por ter atingido de morte o coração do sistema, está
mobilizando todas as forças, a energia e o tempo de Sua Excelência a presidenta.
Como se não bastasse todos os problemas de natureza
administrativa, a chefe do Poder Executivo federal ainda vem tendo que
administrar problemas evolvendo o seu governo com o PT e partidos
aliados, como o PMDB que cria mais problema do que ajuda.
Eu desconfio que Dilma Rousseff
herdou uma herança maldita. Eu acredito na sua sinceridade e como a operação
Lava Jato dispõe de dados que comprova que a roubalheira na Petrobras começou
em 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso, mais motivo eu tenho para
nela confiar.
Dilma Rousseff tem que buscar
apoio no povo e jogar o PMDB ao mar, antes que surja um iceberg ainda maior do
que o petrolão. Um escândalo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por
exemplo. Que deve existir.
Joachim Arouche
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