No primeiro governo da Nova República, o presidente José
Sarney criou o Plano Cruzado, com vistas a conter a espiral inflacionária que
crescia assustadoramente; que corroía os salários e reduzia o poder de compra
do povo brasileiro. Um plano que no primeiro momento foi recebido como uma
medida salvadora e saudada com euforia pelos primeiros resultados apresentados,
que durou até o momento em que o Governo Federal pressionado pelo partido do
governo, o PMDB, sempre ele, se viu obrigado a não fazer mudanças num plano que
precisava ser aprimorado e ajustado a uma nova realidade. O PMDB elegeu quase
todos os governadores, mas em contrapartida o Plano Cruzado se transformou num
grande fiasco e Sarney no presidente mais impopular da história recente deste
país.
O que aconteceu com o Plano Cruzado se repetiu com o
Plano Real, criado lá atrás, no governo do presidente Itamar Franco. Um plano
econômico que praticamente zerou a inflação, o que permitiu a este país
experimentar um longo e sustentável crescimento econômico e o governo
distribuir renda. Mas, como a presidenta Dilma Rousseff para ganhar a eleição
optou por não fazer nenhum ajuste na economia, após a eleição o governo Dilma,
assim como o governo Sarney mergulhou numa profunda crise que vem destruindo
tudo aquilo que o povo brasileiro conquistou sob os governos Lula e uma parte
do primeiro governo que veio a seguir.
A volta da inflação e a desaceleração da economia
representam um grande perigo para a estabilidade politica brasileira. Daí a
importância da população na fiscalização e monitorização dos preços nos
supermercados e nas feiras. Só com a efetiva participação popular é que as
políticas governamentais, como as de ajuste da economia poderão produzir bons
no médio e longo prazo.
por Joachim
Arouche
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