Como a vida não para, o tempo veloz acelera o processo do
envelhecimento, que nos aproxima rapidamente de destino do qual não se pode
escapar.
Não temo a morte, porque sei que se trata do nosso
destino trágico e definitivo. O que me tira o sono é pensar na possibilidade de
que eu venha a ficar preso numa cama, num leito de hospital, sem autonomia e
sujeito aos humores e disposição de parentes ou cuidadores em lidar com resto
humano.
A impotência produzida pela velhice é uma condição que
ninguém em sã consciência aceita sem rebelar-se e gritar contra um destino
implacável e um criador que por puro sadismo nos colocou no mundo para sofrer.
E a religião ainda faz de nós seres permanentemente
consumidos pela ideia de pecado. Pecados no plural, que nos impedem de viver
intensamente, enquanto nos resta potência.
Tomazia
Arouche
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