O
lobista do PMDB na Petrobrás, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, fechou
acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. A expectativa
entre os investigadores é que as revelações do lobista poderão atingir novos
nomes de políticos e confirmar as suspeitas sobre deputados. Baiano é amigo do
presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado em agosto
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção e lavagem de
dinheiro.
O PMDB que anda ensaiando um desembarque do governo
Dilma Rousseff, talvez não tenha tempo para se alinhar com os partidos de oposição,
porque as principais lideranças peemedebistas, no caso o senador Renan
Calheiros (presidente do Senado), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha e
outros cardeais do partido do vice-presidente da república Michel Temer poderão
ser denunciados por Fernando Baiano, o mais novo delator da Operação Lava-Jato que é tido como o operador dos peemedebistas no escândalo da Petrobrás.
A situação de Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Lobão
devem se complicar ainda mais, com a delação de Fernando Baiano. O clima hoje
em Brasília é de quase pânico nas hostes peemedebistas.
Nomes
de outros políticos influentes deverão aparecer nos próximos dias na Operação Lava-Jato
Além dos políticos já denunciados, outros nomes deverão ser
divulgados nas próximas horas, após o acordo de delação premiada, firmado entre
a Polícia Federal e Fernando Baiano.
A PGR já investiga cerca de 50 políticos, entre
deputados, senadores, governadores e ex-parlamentares. O procurador-geral
Rodrigo Janot já denunciou criminalmente ao Supremo além do presidente da
Câmara, o senador Fernando Collor (PTB-AL), também por corrupção e lavagem de
dinheiro. Janot ainda apresentou denúncia contra o deputado Arthur Lira
(PP-AL) e seu pai, o senador Benedito de Lira (PP-AL), pelos mesmo crimes.
Todos negam recebimento de propina do esquema instalado na Petrobrás.
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