Raimundo
Rucke é mais uma maranhense que brilha no cenário maranhense, com a sua arte
gráfica. Rucke que acaba
de ficar em segundo lugar no prêmio internacional The United Nations/Ranan Lurie Political Cartoon Awards.
O Maranhão que é a terra de Reginaldo José Azevedo (Fortuna), (um dos maiores cartunistas do Brasil), de Jota A (um cartunista premiadíssimo, natural de Coelho Neto, assim como Rucke.
Entrevista
concedida por Rucke ao site Itaunews e reproduzida pelo blog Dom Severino
Há quanto
tempo você desenha? Como descobriu esse dom especial?
Rucke: Desenho
desde criança. Comecei rabiscando as paredes da minha casa.
Quando
decidiu que ia se dedicar profissionalmente ao desenho?
Rucke: Em
1990, conheci o Salão Internacional de Humor do Piauí, em Teresina, com
cartunistas e caricaturistas do mundo inteiro. A partir daí resolvi que seria
cartunista.
Quais são
as suas influências?
Rucke: Tenho
muitas influências, de cartunistas brasileiros como Henfil, Ziraldo, Angeli,
Galuco, Laerte, Jean Galvão, Paulo e Chico Caruso, entre outros, e de
cartunistas americanos, europeus e asiáticos.
Além das
caricaturas semanais no Jornal A Federação, tem obras publicadas?
Rucke: Tenho
muitos trabalhos publicados nos catálogos de festivais de humor nacionais e
internacionais, mas pretendo em breve reunir meus trabalhos em um livro.
Recentemente
você ficou em terceiro lugar no Salão Internacional do Humor Gráfico. O que a
conquista significa para você?
Rucke: É
mais um passo dado nessa difícil profissão que é a de cartunista. Às vezes a
melhor gratificação para um artista é o reconhecimento.
Além do
SIHG, quais outras premiações já conquistou?
Rucke: 2012
- 1º
Lugar em cartum no Salão Medplan
- 3º
lugar em cartum no Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco
2010
- 2º
lugar em charge no Salão Nacional e Humor de Ribeirão Preto
- 2º
Lugar em Caricatura no concurso Noel é 100
2009
-1º lugar
em cartum (tema chuva) no Salão Internacional de Humor da Amazônia
1º lugar
na categoria vanguarda no Salão Internacional de Humor de Piracicaba
1º lugar
em cartum (tema crise financeira) no Salão de Humor de Volta Redonda
2008
- 3º
lugar em charge no Salão Internacional de Humor de Paraguaçu Paulista
2006
- 3º em
cartum no Salão Carioca de Humor
2005
- 1º
lugar em história em quadrinhos no Salão de Humor de Volta Redonda
- 2º
lugar em cartum no Salão Carioca de Humor
2004
- 1º
lugar em cartum no Salão de Humor de Volta Redonda
- 1º
lugar no projeto Sem Aids, promovido pelo ministério da Saúde em parceria com o
jornal O Pasquim21
2003
- 5º
lugar no Festival Internacional de Humor de Foz do Iguaçu
- 2º
lugar em cartum no Salão Internacional de Humor de Piracicaba
2002
- 1º
lugar em cartum na Bienal de Humor de Santo André
- 1º
lugar em charge no Salão de Humor de Volta Redonda
- 1º
lugar em cartum no Salão de Humor de Cerquilho
2001
- 3º
lugar em história em quadrinhos na Bienal Internacional do Humor de San
Antonio de los Baños (Cuba)
1994
- 1º
lugar em cartum no Salão Interacional de Humor do Piauí
Menções
Honrosas
2010
- Salão
de Humor Medplan
-
Ecocartoon
2006
-
Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, na categoria
caricatura
-
Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, na categoria cartum
2005
- Salão
de Humor da Unacon (Brasília)
- Salão
Internacional de Desenho Para Imprensa (Porto Alegre), na categoria cartum
- Salão
Carioca de Humor , na categoria cartum
2004
- Yomiuri
International Cartoon Contest (Japão)
- Salão
de Humor da Unacon (Brasília)
- VI
Portocatoon (Portugal)
2003
- Salão
de Humor de Volta Redonda, na categoria história em quadrinhos
- Salão
Internacional de Desenho Para Imprensa, na categoria cartum
2002
- Prêmio
Carlos Drummond de Andrade de Humor, na catgoria cartum
- Salão
de Humor de Caratinga, na categoria cartum
- Prêmio
Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, categoria artes
2000
- Prêmio
Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, categoria artes
- Salão
Internacional de Humor do Piauí, categoria charge
Como foi
a escolha do tema para a sua charge para o SIHG?
Rucke: Resolvi
escolher a violência contra a mulher por ser um tema atual e de muita
importância para a sociedade. Aí foi só viajar nas ideias e trabalhar a melhor,
até chegar no desenho final que foi premiado.
Você tem
um número exato de quantos trabalhos já produziu ao longo da carreira?
Rucke: Não
tenho números exatos, mas acredito que uns 2 mil trabalhos, entre charges,
cartuns e caricaturas.
No Brasil
as caricaturas, cartuns e charges podem ser vistas em sites, jornais e nos
Salões de Humor, deixando essa arte restrita a uma parcela da população. Na sua
opinião, o que poderia ser feito para essa arte chegar até as pessoas?
Rucke: Falta
incentivo do governo e da iniciativa privada para espaços dedicados ao desenho
de humor, como museus e festivais de humor gráfico. A mídia também precisa
abrir mais espaço para os cartunistas. O mercado ainda é restrito a poucos
profissionais.
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