segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Mais um maranhense brilha nacionalmente como cartunista



Raimundo Rucke é mais uma maranhense que brilha no cenário maranhense, com a sua arte gráfica. Rucke que  acaba de ficar em segundo lugar no prêmio internacional The United Nations/Ranan Lurie Political Cartoon Awards.   
 
O Maranhão que é a terra de Reginaldo José Azevedo (Fortuna), (um dos maiores cartunistas do Brasil), de Jota A (um cartunista premiadíssimo, natural de Coelho Neto, assim como Rucke.

Entrevista concedida por Rucke ao site Itaunews e reproduzida pelo blog Dom Severino

Há quanto tempo você desenha? Como descobriu esse dom especial?
Rucke: Desenho desde criança. Comecei rabiscando as paredes da minha casa.
  
Quando decidiu que ia se dedicar profissionalmente ao desenho?
Rucke: Em 1990, conheci o Salão Internacional de Humor do Piauí, em Teresina, com cartunistas e caricaturistas do mundo inteiro. A partir daí resolvi que seria cartunista.

Quais são as suas influências?
Rucke: Tenho muitas influências, de cartunistas brasileiros como Henfil, Ziraldo, Angeli, Galuco, Laerte, Jean Galvão, Paulo e Chico Caruso, entre outros, e de cartunistas americanos, europeus e asiáticos. 


Além das caricaturas semanais no Jornal A Federação, tem obras publicadas? 
Rucke: Tenho muitos trabalhos publicados nos catálogos de festivais de humor nacionais e internacionais, mas pretendo em breve reunir meus trabalhos em um livro.

Recentemente você ficou em terceiro lugar no Salão Internacional do Humor Gráfico. O que a conquista significa para você?
Rucke: É mais um passo dado nessa difícil profissão que é a de cartunista. Às vezes a melhor gratificação para um artista é o reconhecimento.

Além do SIHG, quais outras premiações já conquistou?
Rucke: 2012

- 1º Lugar em cartum no Salão Medplan
- 3º lugar em cartum no Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco

2010
- 2º lugar em charge no Salão Nacional e Humor de Ribeirão Preto
- 2º Lugar em Caricatura no concurso Noel é 100

2009
-1º lugar em cartum (tema chuva) no Salão Internacional de Humor da Amazônia
1º lugar na categoria vanguarda no Salão Internacional de Humor de Piracicaba
1º lugar em cartum (tema crise financeira) no Salão de Humor de Volta Redonda

2008
- 3º lugar em charge no Salão Internacional de Humor de Paraguaçu Paulista
2006
- 3º em cartum no Salão Carioca de Humor

2005
- 1º lugar em história em quadrinhos no Salão de Humor de Volta Redonda
- 2º lugar em cartum no Salão Carioca de Humor

2004
- 1º  lugar em cartum no Salão  de Humor de Volta Redonda
- 1º lugar no projeto Sem Aids, promovido pelo ministério da Saúde em parceria com o jornal O Pasquim21

2003
- 5º lugar no Festival Internacional de Humor de Foz do Iguaçu
- 2º lugar em cartum no Salão Internacional de Humor de Piracicaba

2002
- 1º lugar em cartum na Bienal de Humor de Santo André
- 1º lugar em charge no Salão de Humor de Volta Redonda
- 1º lugar em cartum no Salão de Humor de Cerquilho

2001
- 3º lugar em história em quadrinhos  na Bienal Internacional do Humor de San Antonio de los Baños (Cuba)

1994
- 1º lugar em cartum no Salão Interacional de Humor do Piauí

Menções Honrosas
2010
- Salão de Humor Medplan
- Ecocartoon

2006
- Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, na categoria caricatura
- Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, na categoria cartum

2005
- Salão de Humor da Unacon (Brasília)
- Salão Internacional de Desenho Para Imprensa (Porto Alegre), na categoria cartum
- Salão Carioca de Humor , na categoria cartum

2004
- Yomiuri International Cartoon Contest (Japão)
- Salão de Humor da Unacon (Brasília)
- VI Portocatoon (Portugal)

2003
- Salão de Humor de Volta Redonda, na categoria história em quadrinhos
- Salão Internacional de Desenho Para Imprensa, na categoria cartum

2002
- Prêmio Carlos Drummond de Andrade de Humor, na catgoria cartum
- Salão de Humor de Caratinga, na categoria cartum
- Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, categoria artes

2000
- Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, categoria artes
- Salão Internacional de Humor do Piauí, categoria charge

Como foi a escolha do tema para a sua charge para o SIHG?

Rucke: Resolvi escolher a violência contra a mulher por ser um tema atual e de muita importância para a sociedade. Aí foi só viajar nas ideias e trabalhar a melhor, até chegar no desenho final que foi premiado.

Você tem um número exato de quantos trabalhos já produziu ao longo da carreira?
Rucke: Não tenho números exatos, mas acredito que uns 2 mil trabalhos, entre charges, cartuns e caricaturas.

No Brasil as caricaturas, cartuns e charges podem ser vistas em sites, jornais e nos Salões de Humor, deixando essa arte restrita a uma parcela da população. Na sua opinião, o que poderia ser feito para essa arte chegar até as pessoas?
Rucke: Falta incentivo do governo e da iniciativa privada para espaços dedicados ao desenho de humor, como museus e festivais de humor gráfico. A mídia também precisa abrir mais espaço para os cartunistas. O mercado ainda é restrito a poucos profissionais.


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