O paraíso
é um lugar onde as pessoas são felizes porque tudo funciona perfeitamente bem e
a vida transcorre sem embaraços e perturbações.
É esse
mundo que o governador piauiense tenta vender ao telespectador do seu estado
nas entrevistas que concede aos principais veículos de comunicação do estado
governado por ele. Entrevistas onde esse governante traça um panorama ‘cor de
rosa’ de um estado que amarga os piores índices sociais.
Nessas
entrevistas, os entrevistadores do governador Wellington Dias só perguntam
obviedades; perguntas que parecem terem sido combinadas com o entrevistado
tamanha a desenvoltura e a alegria como essa autoridade responde aos
questionamentos dos jornalistas.
Como
paraíso não existe, há de se supor que essa utopia e demagogia vendida por Sua
Excelência o governador Wellington Dias, para um povo domesticado e sem
espírito crítico e que aceita tudo aquilo que uma imprensa servil e
invertebrada lhe transmite é uma inverdade.
A realidade
que o governador tenta ‘colorir’ salta aos olhos do piauiense que está
convivendo com uma onda de violência que apavora, com um elevado índice de
desemprego provocado pela paralisação do setor que mais gera emprego, que é a
indústria da construção civil e toda sua cadeia produtiva.
A crise
na área de saúde é muito grave, sobretudo no interior, onde os hospitais
regionais não contam com unidades de tratamento intensivo (utis), incubadoras e
as ambulâncias funcionam precariamente, como acontece no município de São
Raimundo Nonato, um dos municípios mais distantes da capital e um dos que mais
dependem do serviço médico da capital. Médicos até existem, mas, via de regra,
são profissionais ultrapassados porque não se reciclam.
A
educação é o único setor que consegue se destacar nacionalmente mas graças ao
setor privado.
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