sábado, 23 de janeiro de 2016

“O Paraiso existe e eu moro nele”



O paraíso é um lugar onde as pessoas são felizes porque tudo funciona perfeitamente bem e a vida transcorre sem embaraços e perturbações.

É esse mundo que o governador piauiense tenta vender ao telespectador do seu estado nas entrevistas que concede aos principais veículos de comunicação do estado governado por ele. Entrevistas onde esse governante traça um panorama ‘cor de rosa’ de um estado que amarga os piores índices sociais.

Nessas entrevistas, os entrevistadores do governador Wellington Dias só perguntam obviedades; perguntas que parecem terem sido combinadas com o entrevistado tamanha a desenvoltura e a alegria como essa autoridade responde aos questionamentos dos jornalistas.

Como paraíso não existe, há de se supor que essa utopia e demagogia vendida por Sua Excelência o governador Wellington Dias, para um povo domesticado e sem espírito crítico e que aceita tudo aquilo que uma imprensa servil e invertebrada lhe transmite é uma inverdade.

A realidade que o governador tenta ‘colorir’ salta aos olhos do piauiense que está convivendo com uma onda de violência que apavora, com um elevado índice de desemprego provocado pela paralisação do setor que mais gera emprego, que é a indústria da construção civil e toda sua cadeia produtiva.

A crise na área de saúde é muito grave, sobretudo no interior, onde os hospitais regionais não contam com unidades de tratamento intensivo (utis), incubadoras e as ambulâncias funcionam precariamente, como acontece no município de São Raimundo Nonato, um dos municípios mais distantes da capital e um dos que mais dependem do serviço médico da capital. Médicos até existem, mas, via de regra, são profissionais ultrapassados porque não se reciclam.

A educação é o único setor que consegue se destacar nacionalmente mas graças ao setor privado.

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