Respondo a essa pergunta, com uma afirmação bastante
contundente: num pacto político, econômico e social. Sem um pacto que promova a
pacificação e o entendimento nacional, não há salvação à vista, ainda mais se o
PMDB for a única alternativa ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e do
PMDB. Sim, um governo também do PMDB, porque o partido de Michel Temer continua
com seis ministérios e mais de 600 cargos no segundo e terceiro escalões do
governo federal.
Como já disse aqui neste espaço inúmeras vezes, não dá
para dissociar o PMDB do governo da presidenta Dilma Rousseff. Quem tentar
fazê-lo ou é um cínico ou uma pessoa mal intencionada.
Como nenhum brasileiro com estatura moral e política ousa
propor ao país um pacto ou uma concertação
nacional e o Superior Tribunal Eleitoral (STE) não cassa a chapa
Dilma-Temer é bem provável que o impeachment
acabe se impondo e o governo acabe caindo no colo de Michel Temer e, como
consequência dessa irresponsabilidade, o Brasil mergulhe num caos total, onde
ninguém estará a salvo.
A saída mais inteligente para esse imbróglio em que nós
nos metemos é um pacto coordenado pela CNBB, que reúna políticos da situação,
oposição, entidades empresariais, centras sindicais, a OAB, a UNE e o MST, sob
a observação e com o aval das Forças Armadas.
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