sexta-feira, 8 de julho de 2016

A bandalheira organizada



Nos morros e favelas da cidade do Rio de Janeiro, os moradores temem menos os bandidos do que as policias. Isso atende pelo nome de inversão de valores.

Neste país, a bandalheira e a pouca-vergonha é mais organizada do que a própria sociedade dita organizada. Ocorre que os patifes, os bandidos, os sem cerimonias; sejam eles de que matiz forem, conseguem impor suas ambições, vontades e sem-vergonhices ao conjunto da sociedade brasileira. 

De tanto conviver com a depravação, devassidão e a falta de respeito da nossa classe dirigente, o brasileiro anda desconfiado, ressabiado e descrente de tudo. Não se abisma mais com a licenciosidade e a libertinagem do andar de cima. Andar de cima, entenda-se, os nossos governantes. 

Um país, onde até ontem, o presidente da Câmara Federal, era um político réu em dois processos no STF e que está sendo processado pela Comissão de Ética da casa que preside; onde o presidente do Senado é réu e mais três inquéritos já foram autorizados contra ele, pelo ministro Teori Zavascki, não pode ser levado à sério e a Plebe Ignara não pode alimentar esperanças, quanto a um futuro decente e digno. 

O Brasil tem jeito, mas não vale a pena lutar por ele, haja vista, a natureza do seu povo ser ruim e a cultura da imoralidade ser prevalecente entre nós. Nós os brasileiros são todos vinho de uma mesma pipa. Arrisco-me dizer que nós somos todos Renan e Cunha. 

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