Nos
morros e favelas da cidade do Rio de Janeiro, os moradores temem menos os
bandidos do que as policias. Isso atende pelo nome de inversão de valores.
Neste
país, a bandalheira e a pouca-vergonha é mais organizada do que a própria
sociedade dita organizada. Ocorre que os patifes, os bandidos, os sem
cerimonias; sejam eles de que matiz forem, conseguem impor suas ambições,
vontades e sem-vergonhices ao conjunto da sociedade brasileira.
De tanto
conviver com a depravação, devassidão e a falta de respeito da nossa classe
dirigente, o brasileiro anda desconfiado, ressabiado e descrente de tudo. Não
se abisma mais com a licenciosidade e a libertinagem do andar de cima. Andar de
cima, entenda-se, os nossos governantes.
Um país,
onde até ontem, o presidente da Câmara Federal, era um político réu em dois
processos no STF e que está sendo processado pela Comissão de Ética da casa que
preside; onde o presidente do Senado é réu e mais três inquéritos já foram
autorizados contra ele, pelo ministro Teori Zavascki, não pode ser levado à
sério e a Plebe Ignara não pode alimentar esperanças, quanto a um futuro
decente e digno.
O Brasil
tem jeito, mas não vale a pena lutar por ele, haja vista, a natureza do seu
povo ser ruim e a cultura da imoralidade ser prevalecente entre nós. Nós os
brasileiros são todos vinho de uma mesma pipa. Arrisco-me dizer que nós somos
todos Renan e Cunha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário