“A
gente é torto igual a Garrincha e Aleijadinho. Ninguém precisa consertar. Se
não der certo a gente se virar sozinho. Decerto então nunca vai da”. (Vicente Barreto e Celso Viáfora)
O povo brasileiro esclarecido, costuma dizer que o Congresso
Nacional não o representa. Não o representa, porque é formado na sua expressiva
maioria, por parlamentares que se elegem com base no poder econômico, o que
elimina qualquer tipo de compromisso do suposto representante para com o
representado.
O estado do Piauí já teve um deputado federal, eleito seis
vezes, sem ter residência fixa no seu estado de origem, o ex-deputado Mussa
Demes. No estado do Piauí ele só vinha a passeio. Esse é apenas uma das facetas
do congressista brasileiro, que para se eleger, não precisa ter um bom
discurso, grandes propostas e nem residir no estado que pretende representar.
Desnecessário dizer que o dinheiro é a mola mestra da política.
Cerca de 60% dos deputados federais tem pendência na
justiça. Dos 513 deputados federais inscritos para a votação que decidiu sobre
o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ocorrida no último
domingo (17), 298 já foram condenados ou respondem a processos na Justiça
(inclusive eleitoral) ou Tribunais de Contas. No Senado
O deputado recordista em termos de números de processos, de
acordo com a Transparência Brasil, é membro da Mesa Diretora da Câmara.
Beto Mansur (PRB-SP), 1ª Secretário da equipe presidida por Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), tem 47 processos na Justiça. Em tempo: esse senhor é um dos
candidatos à sucessão do presidente Waldir Maranhão. E durma-se com um barulho desses.
O Congresso Nacional não poderia ser diferente, uma vez que
essa instituição é formada por nós brasileiros, um povo que tem o mesmo
caráter de Macunaíma, o herói idealizado e criado pelo escritor Mário de
Andrade.
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