A condenação parcial da ex-presidenta Dilma Rousseff,
segundo o blogueiro Ricardo Noblat, há uma semana, Brasília inteira já sabia. O
que causou espanto em analistas políticos, o fato do agora presidente efetivo desconhecer
as negociações em curso. E mais estranheza ainda, causou nesses profissionais, a
ausência de ‘petistas armados’ de bandeiras vermelhas nas cercanias do
Congresso Nacional no dia de ontem.
Quem conhece os meandros da política nacional, desconfia
que tenha sido firmado um “acordo de cavalheiros”, que interessava ao governo
que quer posar de pacificador da república, aos petistas e peemedebistas. O que
ainda não se sabe é sobre a extensão desse acordo. Um acordo que beneficiou Dilma
Rousseff e que poderá beneficiar Cunha. Dependendo da sua extensão esse acordo
poderá beneficiar até os implicados na Operação Lava Jato. Uma operação que atingiu
medalhões do PT, PMDB, PSDB e PP. Isso para ficar só nos partidos mais importantes.
Sobre essa condenação parcial da petista Dilma Rousseff, o
presidente da Câmara Federal disse o seguinte: “A decisão do presidente da
Corte abre precedente para que o plenário da Câmara vote um projeto de
Resolução e não o parecer pela cassação do peemedebista aprovado pelo Conselho
de Ética da Casa. Isso significaria a possibilidade de aliados de Cunha
tentarem aprovar uma pena mais branda do que a cassação ou tentar preservar os
direitos políticos do deputado afastado, por meio de emendas ou destaques
apresentados durante a votação”.
“O Brasil não é para principiantes”. Essa frase atribuída ao
compositor e maestro Tom Jobim, tenta nos mostrar que nós os brasileiros somos peritos
e traquejados em malandragem e esperteza.
Por Joachim Arouche
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