segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A primeira formação é sempre para contemplar e agradar


A primeira formação de qualquer governo, num “presidencialismo de coalizão” é feita para contemplar os partidos coligados e para agradar os apoiadores.

Passados os cem primeiros dias de governo, o presidente, governador e prefeito em nome do “bom funcionamento da máquina administrativa”, eles começam a promover mudanças, que invariavelmente começam pelos partidos com menor peso político e pelos indicados por pequenos financiadores de campanha. Isso atende pelo nome de maquiavelismo puro. Como maquiavélicas são todas as medidas de natureza impopulares que o governo toma logo nos primeiros dias de governo.

No segundo momento, o governante escolhe como seus assessores, via de regra, parentes e pessoas próximas. É lógico que a partir daí começam a brotar os primeiros descontentamentos e insatisfações. Como a meritocracia no Brasil não passa de um recurso de retórica, o governante de plantão não liga para as insatisfações dos seus aliados.  

No governo, em qualquer governo a primeira vítima acaba sendo o vice que passa a ser visto como um inimigo em potencial e por isso ele é colocado de lado e acaba passando para o lado da oposição. Tomemos como exemplo o atual presidente da república Michel Temer, que segundo dizem, tramou o tempo para apear Dilma do poder. O resto dessa história o Brasil inteiro conhece.

por Raimundo Carlos de Maria Puccini

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