A primeira formação de qualquer governo, num “presidencialismo
de coalizão” é feita para contemplar os partidos coligados e para agradar os apoiadores.
Passados os cem primeiros dias de governo, o presidente,
governador e prefeito em nome do “bom funcionamento da máquina administrativa”,
eles começam a promover mudanças, que invariavelmente começam pelos partidos
com menor peso político e pelos indicados por pequenos financiadores de campanha.
Isso atende pelo nome de maquiavelismo puro. Como maquiavélicas são todas as medidas
de natureza impopulares que o governo toma logo nos primeiros dias de governo.
No segundo momento, o governante escolhe como seus
assessores, via de regra, parentes e pessoas próximas. É lógico que a partir daí
começam a brotar os primeiros descontentamentos e insatisfações. Como a
meritocracia no Brasil não passa de um recurso de retórica, o governante de
plantão não liga para as insatisfações dos seus aliados.
No governo, em qualquer governo a primeira vítima acaba
sendo o vice que passa a ser visto como um inimigo em potencial e por isso ele
é colocado de lado e acaba passando para o lado da oposição. Tomemos como
exemplo o atual presidente da república Michel Temer, que segundo dizem, tramou
o tempo para apear Dilma do poder. O resto dessa história o Brasil inteiro conhece.
por Raimundo Carlos
de Maria Puccini
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