O sanatório é um lugar onde em tese, as pessoas doentes,
atacadas por certas moléstias podem encontrar alívio para os seus males. Digo
em tese, porque nos países pobres e subdesenvolvidos, os pobres sobretudo,
precisam deixá-lo para se tratar, como sugere a música A Cara do Brasil dos compositores Carlos Viáfora e Vicente Barreto.
A sociedade brasileira é uma sociedade insalubre, porque vive
em condições precárias, onde a maioria da sua população sobrevive apenas,
porque a maioria expressiva dos recursos produzidos pela nação são desviados
pelos dutos da corrupção e da roubalheira.
No Brasil existe carência de hospitais, não digo nem de
bons hospitais, de mais salas de aulas, de empregos com salários dignos e de
políticos realmente comprometidos com a construção de uma nação da qual todos
nós os brasileiros nos orgulhemos. Mas, o que se vê é a reprodução de uma classe
política que foi formada na cultura do levar vantagem em tudo, orientada pela
Lei do Gerson.
A Lei do Gerson, para os não iniciados em esperteza, malandragem,
astúcia e velhacaria é um princípio em que determinada pessoa age de forma a
obter vantagem em tudo que faz, no sentido negativo de se aproveitar de todas
as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou
morais.
No Brasil, os nossos dirigentes estão muito mais
preocupados em construir presídios e sanatórios do que em construir escolas,
hospitais, postos de saúde e defender a melhoria salarial dos professores. O
professor que é a profissão mais desvalorizada deste país, o que escancara a
nossa inversão de valores e prioridades.
Com essa nossa visão terceiro-mundista, o Brasil nunca
chegará a participar do clube dos países ricos e desenvolvidos. Participar dos
BRICs, já está de bom tamanho, assim pensam os nossos governantes.
E para empurrar este país, ainda mais para o clube dos
países subdesenvolvidos, o Brasil ainda conta com a garantia da impunidade. Podbre
Brasil!
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