Os presídios brasileiros, de uma maneira geral, não
conseguem fazer a ressocialização dos detentos, esperada pela sociedade
brasileira. O que a superlotação e as péssimas condições de vida e de higiene
dos presos, dentre outros fatores, contribuem para que as penitenciárias sejam incapazes
para atender ao que a Lei de Execução penal estabelece, qual seja, a
recuperação daquele que está detido por ter cometido determinado crime.
Como tudo sugere, a Operação Lava-Jato agravará a situação
do sistema carcerário brasileiro, porque espera-se que 90% dos políticos
denunciados pelos colaboradores da empresa Odebrecht sejam presos.
São mais de 70 os delatores, e cada um deles transacionou
com um universo muito grande de políticos; políticos de A a Z. Desde arraias-miúdas
até tubarões da política nacional.
O problema maior que a Operação Lava-Jato está enfrentando
e irá enfrentar - é mandar investigar, julgar, condenar e prender centenas de
políticos enrolados com malfeitos - no ruidoso escândalo da Petrobras. Sugiro
que a Operação Lava-Jato trabalhe como a Controladoria Geral da União (CGU)
trabalhava, ou seja, fazendo sorteios das prefeituras supostamente mais
encalacradas, para apurar possíveis casos de roubalheira nas prefeituras. Pega todos
os envolvidos e separa os casos mais urgentes e significativos e começa pelos
grandes.
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