“A fome é a expressão biológica
de males sociológicos”. (Frase do autor do livro A geografia da Fome, Josué de Castro)
De
barriga vazia, com sede, sem educação formal e saúde digna, ninguém consegue
ter opinião e vontade própria. Esses são “os humilhados e ofendidos”. E é em
cima dessa nossa triste realidade que os políticos brasileiros trabalham para
se elegerem.
Desde que
eu me entendo por gente, que ouço falar sobre a existência de currais
eleitorais no Brasil. Um lugar onde existe um dono dos votos de um povo que
continua nas trevas, ou seja, ignorante, dependente do poder público e daqueles
que negociam os seus votos.
No estado
do Piauí, o mais pobre estado da federação, essa realidade salta aos olhos de
quem busca entender esse fenômeno nacionalmente conhecido, como curral
eleitoral.
Num
estado onde os políticos são os mais atrasados, fazem da política uma profissão
e tem plena consciência de que o voto do eleitor dos grotões se adquire negociando
com o coronel, o político não precisa ter ideologia e comprometimento com quem
o elege, basta ter dinheiro e saber amarrar bem o negócio.
Na região
Nordeste, não por acaso, a região mais pobre do País, a política continua sendo
o melhor investimento e um grande negócio.
Na região
Nordeste os governos e os políticos em geral não têm nenhum interesse que o
povo evolua culturalmente, porque eles têm absoluta certeza de que povo
evoluído é povo liberto.
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