O amor é um
tipo de sentimento que nos faz sentir atraído pela outra pessoa, de modo a que
nos dediquemos e nos devotemos a ela. Existem dois tipos de amor: o amor
carnal e o amor espiritual. O amor carnal entra na vida do outro, mas não se
prende ao outro, pensa somente em si, pensa somente em satisfazer as suas
vontades pessoais, desejos e prazeres. É muito exigente, sem ser recíproco. Já
o amor espiritual é solidário, não exige da outra pessoa além daquilo que ela
lhe possa oferecer sem exigir sacrifícios.
Quando há
amor verdadeiro entre duas pessoas, elas projetam e trabalham com objetivos
comuns, ou seja, de modo a construir um patrimônio e fazê-lo crescer e
prosperar. Já numa relação onde só existe desejo, vontade e prazer, aquele que
se sente inferiorizado na relação, dependente do outro; trabalha para que o seu
companheiro dilapide um patrimônio às vezes construído com muito sacrifício. No
segundo caso, quando o dinheiro acaba e o parceiro ou parceira não consegue
mais satisfazer às exigências da pessoa amada, o amante foge, desaparece, sem
deixar um recado sequer. Nesse tipo de relação, podemos substituir a palavra
amor por paixão, onde a razão nunca prevalece.
O amor de
uma mãe para com um filho é um amor que se manifesta de maneira incondicional -
esse, podemos classificar como sendo amor espiritual, um amor verdadeiro. Um
amor que se doa, sem exigir nada em troca. Por isso é que nós os filhos devemos
ouvir e seguir tudo aquilo que nos é apresentado como conselhos e orientações
para a vida por um ser que nos ama incondicionalmente. Desnecessário dizer, que
a mãe só quer o bem do seu filho.
Quero agora
tratar de um assunto específico, que é a aceitação pela mãe da maneira de agir
e ser do filho, assim como ele é. Entendendo a sua natureza, a sua verdadeira
essência; o que leva qualquer mãe a entender a vontade e todos os desejos do
seu filho. Como por exemplo: uma mãe aceitar a homossexualidade do seu filho,
como sendo humana, demasiadamente humana, para ser recriminada e reprimida, em
nome de valores que uma sociedade hipócrita impõe. Mas esse amor de mãe não
pode ser cego e a mãe em nome desse amor, não deve tapar os olhos para a
realidade circundante, quando o seu filho ao invés de trabalhar para que os
negócios da família cresçam e prosperem, ele esbanja, dissipa e acaba
provocando a ruína da família.
Repito, a
mãe, embora ame de maneira incondicional o seu filho não pode e não deve
permitir que ele haja irracionalmente, de maneira a comprometer um patrimônio
duramente conquistado. O que poderá levar a família à bancarrota ou a miséria
absoluta. Quando isso acontece, o falso amante e os amigos fogem pela janela.
Qualquer
pessoa minimamente inteligente e que viva à luz da razão, não pode se deixar
levar por um sentimento que ela julga ser amor, mas que não passa de uma paixão
avassaladora, que faz com que o amante só busque o prazer na relação. É fácil
descobrir o verdadeiro amor do falso: bastando apenas observar a maneira como a
pessoa com quem convivemos ou por quem nutrimos certo sentimento, trata os
nossos interesses, nossos bens e as nossas economias.
A história
mundial está repleta de casos envolvendo pessoas que, levadas por um sentimento
ou um vício, que supera a razão, as levaram a cometer desatinos, a consumir a
si e aos bens, ao viverem desejos, vontades e paixões que julgavam ser amor
verdadeiro.
Quando todos
os recursos morais e espirituais usados para convencer a outrem do caminho do
vício que anda trilhando, do erro que anda praticando forem esgotados, não
resta outra alternativa que não seja apelar para a separação dos bens, antes que as
loucuras de uma paixão irracional levem a família à ruína. Inspirado no Padre João Mohana
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