segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Procurador-geral desafia Donald Trump



Por Francisco Marques

O eventual recurso da Casa Branca para o Supremo Tribunal dos Estados para tentar reverter a suspensão da ordem executiva anti-imigração que Donald Trump pretende impor levou o Procurador-geral de Washington a deixar este domingo uma ameaça no ar.

Em entrevista este domingo ao programa “This Week” (“Esta semana”), da estação de televisão norte-americana ABC, Bob Ferguson, o advogado democrata que tem vindo a encabeçar a resistência jurídica às novas políticas anti-imigração da Casa Branca, avisou: “Se o caso continuar, podemos requerer depoimentos a oficiais da Administração, podemos pedir documentos e correios eletrônicos para perceber o que de facto motivou aquela ordem executiva.”

Bob Ferguson garante usar “todas estas ferramentas legais” para dar continuidade ao caso e não rejeitou colocar o próprio Presidente a depor. “ O meu trabalho, como Procurador-geral, é fazer respeitar a lei neste país e irei recorrer a todas as ferramentas que tiver à disposição para garantir que o Presidente respeite a Constituição.”

Donald Trump, assinou controversa ordem executiva anti-imigração e 27 de janeiro, o mesmo dia em que suspendeu o programa norte-americano de acolhimento de refugiados.

O bloqueio imposto pelo Presidente foi justificado com questões de segurança nacional, pretendia evitar a entrada no país de terroristas, mas tinha por alvo cidadãos indiscriminados oriundos de sete determinados países de maioria muçulmana: Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. Durou pouco.

Jogador de xadrez, Bob Ferguson revela ter sido através da caça aos reis nos tabuleiros que aprendeu a antecipar as jogadas, as ameaças ou os ataques dos adversários.

Por tudo o que havia sido assumido pelo novo Presidente e pelos responsáveis à sua volta, o Procurador-geral de Washington já vinha há algum tempo a preparar a resposta para uma medida deste género.

No mesmo dia em que a ordem executiva foi assinada, Ferguson viajou da Florida para Washington e foi de imediato para Seattle, onde tinha já uma equipa liderada pelo solicitador-geral Noah Purcell e a líder da unidade de direitos humanos do gabinete, Collen Melody, a preparar um processo legal estatal.

Trabalharam durante o fim de semana e justificaram o apelo à suspensão do bloqueio anti-imigração com o prejuízo que iria implicar nas universidades, nos negócios, na coleta de impostos e inclusive nos residentes de Washington.

Cerca de uma semana depois, o juiz distrital de Seattle James Robart, um Republicano escolhido por George W. Bush, emitiu a ordem de suspensão da ordem executiva de Donald Trump. Com euronews


Em TemPo

O presidente Donald Trump é um Leão sem dentes, porque não conta com o apoio da maioria da polução do seu país e as instituições estadunidenses não concordam com o seu jeito de governar, bem ao estilo de apresentador de reality show. Ao contrário presidente Ronald Reagan que era um artista Hollywoodiano, mas que chegou à Casa Branca com a experiência de ex-governador da Califórnia e fez bons governos.   

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