segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um poder sem pudor e sem honra



Na história do Brasil, não há registro de um momento de tanto despudor e inquietante, como este que nós estamos vivendo, com o PMDB transformando este país numa verdadeira casa da Mãe Joana. Uma casa onde a licenciosidade é permitida e onde vale tudo.

O Brasil que já vinha esculhambado sob os sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mergulhou ainda mais fundo numa bandalheira sem limites e os escândalos monumentais ficaram ainda mais aparentes - após a morte do ministro do STF, Teori Zavascki, o relator da Operação Lava Jato, que vinha avalizando as decisões e sentenças do juiz federal Sérgio Moro.

A grande imprensa está vendo na escolha do ministro da Justiça, Alexandre Moraes para substituir o ex-ministro Teori Zavascki no STF e a escolha de um novo ministro da Justiça, ações no sentido de sufocar e até mesmo matar a Operação Lava Jato. E o que é pior, o brasileiro comum acompanha todo esse ardil bestificado e sem esperança de que algo aconteça no sentido de reverter um quadro que se apresenta neste momento desfavorável à essa operação que para o povo brasileiro representa a redenção de um país que está entregue nas mãos de pessoas que não tem nenhum compromisso com princípios morais e éticos.

No Brasil, suas principais autoridades e políticos com mandatos, quando não são réus, são citados em delações premiadas. O ex-presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é réu no STF e contra ele correm nesse mesmo tribunal 12 processos. O ministro Moreira Franco é citado 34 vezes numa só delação de um ex-gerente da Odebrecht. O recém eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Edson Lobão (PMDB-MA), também é citado em várias delações premiadas.  

Com a morte do ministro Teori Zavascki, o PMDB palaciano resolveu agir e ousar mais no sentido de sufocar e matar a Operação Lava Jato que ameaça o político, até mesmo do presidente da república Michel Temer, que já foi citado por delatores algumas vezes. O PMDB que antes operava nos bastidores como medo de se expor mais do que já está exposto, com a morte desse ministro do STF e a escolha de um novo ministro da Justiça partiu abertamente para o confronto com a Força Tarefa da Lava Jato, o procurador-geral da república e a Policia Federal, com propósito deliberado de intimidar.

E assim caminha este país rumo ao precipício, como o PMDB no timão.

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