Confesso que me sinto desconfortável ao abordar uma
questão tão séria como essa, pois trata-se de um grave problema, para o qual eu
não vejo uma saída no curto prazo, haja vista, ser esse problema de natureza
cultural, moral e ética.
E como todos nós sabemos, uma cultura não se muda e nem se
cria de uma hora para outra ou como num passe de mágica.
Esse processo acelerado de decomposição do país, tem na
sua essência, a falta de confiabilidade do povo brasileiro nas suas
instituições e particularmente nas nossas classes política e dirigente. Isso significa
que o tecido social da nação brasileira está totalmente comprometido (podre),
por ter sido atacado pelo câncer da corrupção, da imoralidade e da ausência de
ética.
Os três poderes que em tese são os sustentáculos da nação,
aos olhos da população brasileira não merecem respeito e muito menos admiração,
pois ocorre que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário trabalham em
perfeita harmonia, não para defender os interesses do país, mas
particularmente, interesses corporativos e individuais dos seus integrantes.
O chefe do Poder Executivo, o peemedebista, Michel Temer é
rejeitado por quase 80% da população brasileira e mesmo assim, ele se mantém
aferrado ao poder, não por ser ele um patriota, um estadista ou alguém que tem
espírito público, mas, para se proteger, proteger o seu partido e os interesses
corporativos que representa.
A onda de escândalos, a violência generalizada, o
assustador índice de desemprego, a impunidade e a sensação de falta de comando
político, ajudam a fortalecer na população brasileira, sentimentos difusos de
insegurança, medo e desorientação.
O futuro do Brasil como nação é incerto e nada auspicioso,
porque este país sempre muda para pior. O PT foi apeado do poder e colocaram no
seu lugar, o PMDB, que até a undécima hora do governo Dilma Rousseff,
participou desse governo.
No caso da substituição de Dilma por Temer, o Congresso
Nacional trocou seis por meia dúzia.
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