“Benoît Hamon não está sozinho. A
proposta do socialista francês de tributar robôs com um imposto para compensar
os empregos destruídos pelas máquinas inteligentes está sendo debatido nas
últimas semanas com intensidade. E a culpa pelo alvoroço é em parte de Bill
Gates. O fundador da Microsoft juntou-se ao movimento do imposto sobre robôs,
que até agora parecia território exclusivo de socialistas e sindicalistas”.
É verdade que já faz algum tempo que as previsões falam de um avanço
mais ou menos irrefreável dos robôs. Que conquistarão fábricas e escritórios
deslocarão com as suas presenças os humanos com direito a férias, décimo
terceiro, FGTS, licença médica e greves.
O homem no mundo atual disputa cada vez mais uma vaga no
mercado de trabalho com a máquina. A máquina que melhora, que aumenta a
produtividade e consequentemente aumenta os lucros do empresário. O mundo ideal
para os empresários que só conseguem enxergar o aumento dos lucros e a
competitividade.
A automação e a robotização do mercado de trabalho no
Brasil, já são uma realidade, e nas planilhas dos nossos economistas não
constam dados concernentes à presença das máquinas nas linhas de produção, na
atividade comercial e na atividade agropecuária.
“Os governos têm de parar de fingir que os níveis de emprego vão regressar ao que eram antes e começar a refletir sobre o mundo pós-trabalho. Muitos especialistas, como Tim Dunlop defendem um rendimento básico universal e uma forma de recolhimento para um fundo social como uma medida política necessária na transição social para um mundo onde o trabalho deixa de ocupar um lugar central no dia a dia das pessoas”.
O que não pode ser ignorado nessa discussão sobre a centralidade do trabalho e que se impõe - é a substituição do homem pelo robô e pela automação generalizada e sem disciplinamento. Disciplinar o emprego, o uso do robô e do computador nas empresas necessário e urgente. É urgente a necessidade das famílias diminuírem o número de filhos. Colocar filhos num mundo de incertezas e de insegurança beira a irresponsabilidade, egoísmo mesmo, ausência de consciência política ou baixa ou nenhuma escolaridade. Com o jornal El País na sua versão Online.
Nenhum comentário:
Postar um comentário