terça-feira, 18 de julho de 2017

O estado Piauí reproduz a miséria



A miséria extrema ou quase absoluta que se verifica nos grotões do estado do Piauí, ela se reproduz na medida em que a população de desvalidos e excluídos aumenta - e essa população se torna mais invisível.

Não obstante, a ampliação das políticas sociais do governo federal nas últimas três décadas, pouca coisa mudou no que se convencionou de chamar de Brasil profundo ou dos grotões, porque a natalidade nesses lugares continua aumentando geometricamente e as políticas sociais aritmeticamente. O que revela um grande descompasso entre as ações do governo e a realidade existente nessa parte do Brasil que sempre foi ignorada.

As nossas autoridades desconhecem que a produção e a reprodução das classes marginalizadas e excluídas, envolve a reprodução das condições pré-existentes. O que só se resolve com políticas que visam produzir cidadania.

O estado do Piauí é um estado com um processo de industrialização incipiente, com um setor agrícola que engatinha, sem uma infraestrutura que lhe permita criar as condições necessárias para atrair investidores; é um estado cujo maior empregador é o próprio estado, vindo em segundo lugar as prefeituras e em terceiro lugar, o grupo Claudino.

O estado do Piauí que concidentemente foi governado por um petista, quando Lula era presidente, não foi prestigiado como esperava-se, por ser este estado, um símbolo do ideal petista, com a população piauiense votando em massa nos candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT).

O atual governador, o petista Wellington Dias, foi eleito governador duas vezes na onda da maré Lulista e contribuiu efetivamente para eleger o seu sucessor, juntamente com a candidata Dilma Rousseff, mas nos seus dois primeiros mandatos, o estado do Piauí não conseguiu ser agraciado com nenhuma grande obra ou um grande investimento do governo federal ou da iniciativa privada.   

O estado do Piauí é um filho renegado do país. Em parte, por culpa do poder central que sempre foi controlado por sulistas, mas a sua classe dirigente também tem culpa, porque é pouco representativa no Congresso Nacional e atua junto ao governo de plantão, como quem mendiga favores.

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