quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Leitura dinâmica



A nova procuradora-geral da república (PGR) Raquel Dodge, ao se encontrar com o presidente da república na “calada da noite” sem que esse encontro constasse da agenda oficial do Palácio do Planalto, acabou praticando um ato nada republicano. Uma pergunta que não quer calar: será que a substituta de Rodrigo Janot foi acertar os detalhes da sua posse ou foi receber ordens de Temer que preteriu o primeiro colocado na eleição para a escolha do novo PGR, Nicolau Dino e a escolheu, fugindo a uma prática iniciada pelo então presidente Lula que democraticamente escolhia o mais votado da lista tríplice? É bem provável que Dodge tenha ido receber ordens.  Transcrevo aqui, por julgar oportuno o trecho de um artigo publicado pelo jornalista e blogueiro Josias de Souza: “A troca de guarda na Procuradoria ocorre num momento especial. Pela primeira vez desde a chegada das caravelas, o Estado brasileiro está investigando e encarcerando criminosos da oligarquia político-empresarial. Nesse enredo, Michel Temer, a cúpula do partido dele, o PMDB, e sua equipe de ministros são parte do problema”.      

O PSDB quer se livrar da imagem do PMDB

O presidente interino do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), resolveu encarar o presidente afastado, senador Aécio Neves (MG) que enfrenta a desconfiança de uma parte bastante significativa da sua sigla, pois considera a  permanência de Aécio Neves na presidência do seu partido, um fator desagregador e uma mancha na imagem do PSDB, que por ter se aliado umbilicalmente ao PMDB para governar o país, abdicou da sua condição de oposição, o que lhe daria muita credibilidade nos palanques em 2018, ao manter-se crítico ao governo. Tasso Jereissati quer ver Aécio Neves fora da presidência do PSDB, para que ele possa sem a sombra desse senador mineiro, tentar limpar a imagem do seu partido e lutar para que os tucanos desembarquem do governo Temer com tempo ainda, para desvincular a imagem do seu partido da imagem do PMDB.

Uma relação espúria

O Partido dos Trabalhadores (PT) no estado do Piauí, mantém uma relação espúria com partidos que conspiraram, tramaram e acabaram apeando o partido de Lula do poder. Só esse fato, já seria motivo suficiente para o PT não querer nenhum tipo de aproximação com o partido de Jucá e Temer. Mas, o governador Wellington Dias, que não defende um projeto de poder para o seu partido, mas o seu projeto pessoal de poder, insiste em manter na sua base de sustentação, um partido cujo diretório nacional já recomendou o seu afastamento e qualquer ação no sentido do PMDB fazer aliança e coligação com o PT. Para o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), o PT é oposição ao governo central do PMDB. Só isso, na opinião de Jucá seria motivo suficiente para os peemedebistas manterem distância do PT e companhia.    

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