A nova procuradora-geral da república (PGR) Raquel Dodge, ao se encontrar com o presidente da
república na “calada da noite” sem que esse encontro constasse da agenda oficial
do Palácio do Planalto, acabou praticando um ato nada republicano. Uma pergunta
que não quer calar: será que a substituta de Rodrigo Janot foi acertar os
detalhes da sua posse ou foi receber ordens de Temer que preteriu o primeiro
colocado na eleição para a escolha do novo PGR, Nicolau Dino e a escolheu, fugindo
a uma prática iniciada pelo então presidente Lula que democraticamente escolhia
o mais votado da lista tríplice? É bem provável que Dodge tenha ido receber
ordens. Transcrevo aqui, por julgar
oportuno o trecho de um artigo publicado pelo jornalista e blogueiro Josias de
Souza: “A troca de guarda na Procuradoria
ocorre num momento especial. Pela primeira vez desde a chegada das caravelas, o
Estado brasileiro está investigando e encarcerando criminosos da oligarquia político-empresarial.
Nesse enredo, Michel Temer, a cúpula do partido dele, o PMDB, e sua equipe de
ministros são parte do problema”.
O
PSDB quer se livrar da imagem do PMDB
O presidente interino do PSDB, o senador Tasso Jereissati
(CE), resolveu encarar o presidente afastado, senador Aécio Neves (MG) que enfrenta
a desconfiança de uma parte bastante significativa da sua sigla, pois considera
a permanência de Aécio Neves na
presidência do seu partido, um fator desagregador e uma mancha na imagem do
PSDB, que por ter se aliado umbilicalmente ao PMDB para governar o país,
abdicou da sua condição de oposição, o que lhe daria muita credibilidade nos palanques
em 2018, ao manter-se crítico ao governo. Tasso Jereissati quer ver Aécio Neves
fora da presidência do PSDB, para que ele possa sem a sombra desse senador
mineiro, tentar limpar a imagem do seu partido e lutar para que os tucanos
desembarquem do governo Temer com tempo ainda, para desvincular a imagem do seu
partido da imagem do PMDB.
Uma relação
espúria
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