quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Desligamento do Bolsa Família aumenta a miséria



Em nome da disciplina e do ajuste fiscal, o governo Temer está sacrificando milhões de brasileiros que haviam, sob os governos Lula deixado a linha de pobreza”. (Tomazia Arouche)

A crise econômica ameaça a redução da pobreza, com a diminuição da rede de proteção formada pelo programa Bolsa Família. Ocorre que a partir do segundo governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, esse programa vem sofrendo cortes sucessivos de recursos, o que ameaça a volta de milhões de brasileiros para a linha de pobreza absoluta, com o desligamento de beneficiários. De pessoas que realmente necessitam desse tipo de assistência.   

Sob o governo Temer, a exclusão de milhões de brasileiros do programa Bolsa Família, fez aumentar a miséria nas regiões mais pobres do país, porque além do desligamento de milhões de pessoas que eram beneficiadas por esse programa, os estados e municípios pobres perderam milhões de reais que circulavam nas suas respectivas economias, através do Bolsa Família. Esse desligamento representa um duro golpe para essas economias, porque elas deixarão de receber mensalmente milhões de reais que eram injetados na economia local através desse programa de transferência de renda.

Num cenário menos pessimista –, a taxa de pobreza extrema continuará crescendo, alcançando 4,6% em 2017, representando um crescimento de 2,6 milhões no número de pessoas extremamente pobres entre 2015 e 2017, passando de 6,8 milhões em 2015 para 9,4 milhões em 2017. O número de pessoas moderadamente pobres aumentará em 3,6 milhões entre 2015 e 2017.

Como o presidente da república Michel Temer, fez uma opção preferencial pelo mercado, o que o levou a promover cortes profundos no orçamento da união, os mais afetados por essa política perversa, são aqueles que estão na base da pirâmide.

Em economia, a Base da pirâmide (BdP) representa o grupo mais pobre da sociedade. Fala-se na verdade do maior grupo que se encontra na base da pirâmide social. Inclui aproximadamente 4 bilhões de pessoas que vivem hoje no mundo com menos de US$2.50 (mais ou menos R$ 5.00) por dia. No Brasil, pode-se considerar que a BdP está constituída pelas 120 milhões de pessoas pertencendo às clases C, D e E, que vivem com menos de 21 reais por dia. Essa nossa situação se comparada com alguns países da África e da Ásia é relativamente boa, porque em Serra Leoa, no continente africano e no Timor Leste na Ásia, um trabalhador sobrevive com apenas um dólar, o equivalente a três reais e 15 centavos por dia. Cotação do dia.

Em países pobres como o Brasil, programas sociais como o Bolsa Família, são absolutamente necessários para que a pobreza extrema não dizime populações inteiras.

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