Um presidente da república
fragilizado, não reúne condições para comandar uma reforma que afeta a vida de
milhões de trabalhadores, como a reforma previdenciária.
A favor da reforma: a conjugação de dois fatores: de um lado, o aumento da expectativa de vida (atualmente, quem se aposenta aos 65 anos vive mais 18,4 anos)) e, de outro, mudanças na demografia (envelhecimento da população e queda na taxa de fecundidade). A idade média de aposentadoria no Brasil, de 59,4 anos, é uma das mais baixas do mundo. Contra a reforma: a idade mínima elevada, equivalente aos mesmos padrões de países com maior população de idosos e com melhores condições de vida.
Pode até ser que os defensores da reforma previdenciária tenham argumentos convincentes para defendê-la. Por outro lado, aqueles que são contra também tem os seus argumentos, também muito convincentes, mas, é evidente que não podemos querer para um país pobre e subdesenvolvido, um tempo de contribuição para a aposentadoria comparado ao dos países ricos, onde a expectativa de vida é muito maior do que a brasileira. Em países pobres como o Brasil, um homem e uma mulher com 60 ou 65 anos, não dispõem mais de força e resistência para encarar uma jornada de trabalho de oito, 10 ou 12 horas de trabalho, mesmo que obedecendo a um horário flexível. É óbvio que estamos nos referindo a maioria da população brasileira que vive na pobreza.
O fim da aposentadoria rural, como
pretende o governo, se aprovado nessa reforma, criará um grave problema para o
país, uma vez que fará com que a miséria aumente consideravelmente no campo.
O governo brasileiro, antes de
pensar em aprovar essa a reforma da previdência, deveria envidar todos os esforços
no sentido reduzir a corrupção no país, de modo a que os recursos desviados pelos
“dutos da corrupção” compensem o aumento do custo previdenciário.
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