No dia 5 de
dezembro, os bispos que integram a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Social Transformadora se reuniram em Brasília, na sede da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), para avaliar o trabalho desenvolvido em 2017 e, em
seguida, fazer as projeções das ações mais importantes de 2018, estabelecendo
um cronograma de atividades.
Sobre o trabalho
realizado este ano, o bispo de Iparemi (GO) e presidente da Comissão, dom
Guilherme é otimista: “O trabalho da Comissão este ano, por meio de todas as
pastorais, coordenadores/as e bispos acompanhantes e dos milhares de leigos,
religiosos e padres que militam nas pastorais foi altamente positivo”.
O bispo destaca
que o trabalho foi desafiante por duas razões. A primeira delas, segundo ele,
“por sermos desafiados sempre pelo Evangelho ao amor, ao próximo, especialmente
os pobres. Isto aconteceu durante o ano todo”. A segunda razão deve se à
provocação da parte político-econômica do Brasil. “Infelizmente, esse ano, foi
repleto de péssimas notícias para o povo brasileiro, especialmente na perda de
direitos e conquistas que custaram muito, inclusive com martírios”, avaliou.
As chamadas
reformas trabalhista e previdenciária, para dom Guilherme, significam apenas
cassação de direitos. Em razão disto, segundo o bispo, as pastorais sociais
tiveram muito trabalho, embates, diálogos com os movimentos sociais e também
interação com alguns segmentos da política e do poder judiciário.
Para dom
Guilherme, o balanço de 2017 do ponto de vista do povo brasileiro não é bom.
“Os mais pobres estão mais pobres hoje, em dezembro, do que em janeiro de
2017”. Esta realidade é o grande desafio para o trabalho da Igreja aponta o
bispo. “A Igreja é chamada por Jesus Cristo a fazer o papel de bom Samaritano e
levantar os caídos à beira da sociedade brasileira”.
Cidadania
e renovação política – As
Pastorais Sociais enfrentarão um novo ano de grandes desafios assegura o bispo.
Sobretudo, por ser um ano eleitoral, será necessário chamar o povo brasileiro à
cidadania. “Cabe a nós brasileiros/as, fazer o trabalho que não está
acontecendo por meio do Congresso Nacional, dos tribunais e de outras
instâncias; Cabe a nós darmos uma resposta muito por meio do voto e de um forte
um trabalho de base”, disse.
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