Gen Gilberto
Rodrigues Pimentel
Presidente do
Clube Militar
08 de dezembro de
2017
Não é necessário ser vidente, muito inteligente ou entender de análises
políticas para saber que 2018 será um ano de enormes desafios, em todos os
sentidos, isso se ficarmos só por aí. As pré-campanhas eleitorais de candidatos
ainda incertos e alguns, altamente, improváveis vêm deixando claro que há
perigoso radicalismo e indisfarçável ódio disseminados no seio de uma sociedade
partida, uma vez que grande parte dela não consegue, por desinformação, aceitar
a crua realidade dos fatos, enquanto outra, por variados motivos, simplesmente
se recusa. Ainda ontem, o Ministério Público Federal devolveu aos cofres da
Petrobrás a quantia de 650 milhões de reais que lhes foram roubados e que
correspondem apenas a uma pequena parte do total desviado da nossa maior
empresa. Que mais faltaria para escancarar o assalto de que somos vítimas?
Há muitos pretendentes a seguir na vida pública que têm contas a ajustar
com a lei por força desses gravíssimos crimes praticados contra a Nação e
muitos outros, eternos oportunistas hipócritas, à sombra deles, todos juntos,
dispostos a tudo, mas tudo mesmo, para reviver a era que culminou com o
impeachment de uma presidente e que levou o País à situação caótica que hoje
vivemos.
É bem verdade que o que veio pós-impedimento da primeira mandatária
petista, nem de longe correspondeu ao que necessitávamos, sobretudo nos
aspectos ético e moral, para a retomada do destino do Brasil que nós, os homens
de bem, tanto sonhamos.
Se houve algum progresso no reajuste da economia que andava em
frangalhos, no meio político, parece inequívoco que até soaram mais
escandalosos os casos de corrupção praticados por homens públicos nesse período,
como revelado com tanta clareza pela Operação Lava Jato.
A Justiça, de quem deveríamos esperar posições firmes, duras e definidas
contra esses cínicos bandidos do colarinho branco tem entre seus membros,
nitidamente, parcela de juízes que mais parecem agir como seus aliados,
sobretudo no seu mais alto escalão, o Supremo Tribunal Federal. Está dividido,
fica muito claro, ao vivo e em cores, ou por motivações ideológicas ou outras
até mais inaceitáveis entre magistrados. Basta observar as votações.
Dois grupos quase que definidos em permanente oposição, cujas decisões apresentam pouco comprometimento com os reais interesses da sociedade. Muita desfaçatez expressa, e raramente se faz a justiça que ansiamos e que necessitamos diante de tanta sujeira. Diluem-se nossas esperanças de chegar às eleições de 2018 com um rol de candidatos ao menos palatáveis.
Dois grupos quase que definidos em permanente oposição, cujas decisões apresentam pouco comprometimento com os reais interesses da sociedade. Muita desfaçatez expressa, e raramente se faz a justiça que ansiamos e que necessitamos diante de tanta sujeira. Diluem-se nossas esperanças de chegar às eleições de 2018 com um rol de candidatos ao menos palatáveis.
Vai ser dura a luta, não tenhamos dúvidas, mas vai ser a sociedade quem
terá de enfrentá-la, reunindo força, determinação e seu poder legítimo para
negar a volta aos tempos do Mensalão, ou que se frustrem os esforços dos
valentes juízes de Curitiba para levar a termo a Operação Lava Jato. Temos que
caminhar para diante, rejeitando novo governo de qualquer dos envolvidos nesses
esquemas. E podem crer, há muita gente à espreita, tanto na linha de frente, em
busca da inexplicável impunidade pelos crimes praticados como dos impudentes
que disso se beneficiariam.
Muitos poderão alegar que as outras candidaturas disponíveis não são
também aquelas que sonharam. Paciência, mas a volta de implicados no Mensalão,
na Lava Jato ou em qualquer outro esquema criminoso não se constitui
alternativa. Seria, simplesmente, o reconhecimento e aceitação de viver num
estado bandido.
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