A morte brutal da vereadora Marielle Franco (PSOL) (foto) na cidade do
Rio de Janeiro, é mais um número na estatística de horror e da barbárie que
tomou conta do país nas últimas três décadas.
A morte dessa vereadora carioca, assim como a morte da juíza
Patrícia Acioli (Niterói), será mais um número a ser acrescentado nas
estatísticas de crimes insolúveis; de crimes de grandes repercussões, mas
incapazes de promover uma reação que iniba os matadores de pessoas que ousaram
desafiar um crime organizado que permeia todo o tecido social brasileiro.
Logo, a morte dessa parlamentar e militante feminista carioca cairá
no esquecimento e os crimes insolúveis continuarão acontecendo e o estado cada
vez mais sendo refém de criminosos que desafiam toda uma sociedade que se sente
órfã do estado brasileiro.
É impossível o povo alimentar alguma esperança de que algum dia
ele possa viver num país seguro, quando o tecido social brasileiro está todo
necrosado e as células sofreram um dano irreversível.
Sem políticas públicas de grande alcance social e com o
crescimento do comercio das drogas, da indústria da contravenção e do exército
de desvalidos, não dá para alimentar esperanças com relação a este país.
Em nosso país, milhares de mortes de ativistas sociais, políticos e
sindicalistas que sacrificaram suas vidas pela construção de um país humanizado,
são insuficientes para conter, barrar a barbárie que se instalou no país e cuja
tendência é aumentar, porque a fome e a miséria só fazem aumentar num país onde
5% da sua população concentram uma riqueza maior do que os 95% do restante da população.
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