sexta-feira, 16 de março de 2018

“Quantas mortes ainda serão necessárias?”

A morte brutal da vereadora Marielle Franco (PSOL) (foto) na cidade do Rio de Janeiro, é mais um número na estatística de horror e da barbárie que tomou conta do país nas últimas três décadas.

A morte dessa vereadora carioca, assim como a morte da juíza Patrícia Acioli (Niterói), será mais um número a ser acrescentado nas estatísticas de crimes insolúveis; de crimes de grandes repercussões, mas incapazes de promover uma reação que iniba os matadores de pessoas que ousaram desafiar um crime organizado que permeia todo o tecido social brasileiro.

Logo, a morte dessa parlamentar e militante feminista carioca cairá no esquecimento e os crimes insolúveis continuarão acontecendo e o estado cada vez mais sendo refém de criminosos que desafiam toda uma sociedade que se sente órfã do estado brasileiro.

É impossível o povo alimentar alguma esperança de que algum dia ele possa viver num país seguro, quando o tecido social brasileiro está todo necrosado e as células sofreram um dano irreversível.   

Sem políticas públicas de grande alcance social e com o crescimento do comercio das drogas, da indústria da contravenção e do exército de desvalidos, não dá para alimentar esperanças com relação a este país.  

Em nosso país, milhares de mortes de ativistas sociais, políticos e sindicalistas que sacrificaram suas vidas pela construção de um país humanizado, são insuficientes para conter, barrar a barbárie que se instalou no país e cuja tendência é aumentar, porque a fome e a miséria só fazem aumentar num país onde 5% da sua população concentram uma riqueza maior do que os 95% do restante da população.

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