A nossa vida trágica
Por Tomazia
Arouche
Envelhecer é aproximar-se do fim trágico, qualquer que
seja ele.
Desde que adquirimos consciência do nosso existir que
as nossas vidas (no plural mesmo) é marcada pelas tragédias. Tragédias que
tanto podem ser particulares como vivenciadas na vida do outro. É que as tragédias
dos outros também nos afetam.
Tudo na vida acaba em tragédia. Até mesmo os grandes amores
e as grandes paixões acabam num fim trágico.
O envelhecimento nos dá uma pista de como será o nosso
futuro. É que com a velhice nós perdemos energia, força, potencia, entusiasmo e
confiança no futuro.
A falência dos órgãos é outra pista que nos leva a
concluir que com a velhice começamos a mergulhar num processo de decadência.
Não há nada de épico, e quiçá de prudente, na velhice
natural ou artificial. Na velhice alimentada pelo artificialismo das convenções
e da indústria da longevidade é ilusão.
A nossa tragédia começa no momento que nascemos. O
choro do recém-nascido aponta isso. Cada
dia nosso é marcado por agonias. Agonias que sentimos em função das nossas certezas
e incertezas.
O que nos protege e conforta é a ilusão de que somos eternos.
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