domingo, 22 de novembro de 2020

Um mundo melhor é possível, sim!

Mas, desde é claro que os homens e as nações desarmem os espíritos e busquem a construção de sociedades mais justas e solidárias. Sociedades, onde os homens sejam vistos como prioridades absolutas e o coletivo se sobreponha ao individual.

O individualismo é definido como uma atitude egoísta, ou indiferença em relação ao social e reside nesse comportamento, a principal “ferida aberta” deste mundo, porque em nome do lucro e da acumulação permanente de bens e riquezas, três ou mais partes da população mundial convive com a pobreza extrema, porque os salários são cada vez mais menores e insuficientes para que uma família viva minimamente com dignidade. 

Num mundo marcado pela acumulação de riquezas, nos países de economia capitalista, o indivíduo sempre é incentivado a lutar por si e ver na figura do outro trabalhador ou postulante a uma vaga no mercado de trabalho - um inimigo em potencial a ser vencido e eliminado. Isso atende pelo nome de competição cruel.

Nas últimas décadas o capitalismo vive um verdadeiro paradoxo, porque ao mesmo em que ele incentiva o consumismo desenfreado, o mercado de trabalho investe na direção da eliminação do trabalho humano, com o emprego da inovação tecnológica que nada mais é que o uso indiscriminado de tecnologias radicalmente novas na produção industrial, na agricultura e no comércio. A máquina elimina o trabalho humano. Quem é capaz de negar essa realidade?

Para reverter uma situação que se agrava cada vez mais, porque quem consome é o homem e esse homem está sendo alijado do processo de produção - só havendo um pacto firmado entre governos e empresários no sentido de que o homem não seja tornado completamente obsoleto. Isso feito em nome da própria sobrevivência do capitalismo. E isso reforça o que já foi dito antes sobre a aparente falta de nexo ou de lógica no capitalismo.  

Depois da crise, não voltemos a um consumismo febril, mas aproveitemos a oportunidade para nos colocar a serviço do bem comum. 

Por Tomazia Arouche 

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