sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O gestor público não faz favor nenhum e nem pratica atos de caridade

 

O povo consciente não deve se dirigir ao chefe do Poder Executivo Municipal, como quem se dirige a um benfeitor. A alguém para pedir, mendigar ou implorar um favor. O munícipe deve se dirigir ao prefeito exigindo desse gestor que lhe garanta os seus direitos, que o socorra em momentos difíceis e de extrema necessidade. Não custa nada lembrar que os recursos despendidos pela prefeitura para a liberação de algum tipo de auxílio para uma pessoa necessitada, sai dos cofres públicos e não da conta particular do prefeito.

Afinal, a figura do prefeito existe para gerir os interesses da comunidade que ele representa, sem fazer acepção de pessoas ou privilegiando outras, o que acontece muitas das vezes, sobretudo em nossa macrorregião. Além do mais, o prefeito eleito pelo voto popular, para administrar um município, percebe um salário vultoso. Na maioria das vezes, dez vezes mais que o salário mínimo pago a um gari ou um zelador. O salário pago a um prefeito da nossa macrorregião, via de regra, um gari ou zelador levará um ano para receber o equivalente ao que ganha um prefeito no espaço de 30 dias.

Precisamos desmistificar a figura do prefeito, que até para algumas pessoas consideradas como tendo um bom nível de consciência política e cultural, consideram o prefeito um benfeitor, alguém que ao atender as demandas e os interesses da população, o faz como um alguém que pratica o bem através de meios particulares - o que convenhamos não é verdade. No Brasil não existe prefeito bonzinho, até porque não é papel do prefeito lançar mão dos seus bens particulares para ajudar, socorrer ou auxiliar uma pessoa necessitada.

O prefeito deve trabalhar pelo povo de modo que a miséria e a fome sejam reduzidas. Com recursos próprios ou de outros entes federativo.

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