sexta-feira, 21 de maio de 2021

Nenhum país sobreviverá a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 sem o socorro do estado

 

Nem mesmo a nação mais rica do planeta, os EUA, com toda sua pujança e a sua enorme capacidade de endividamento, vai conseguir sair dessa pandemia sem um elevado custo social.

O Brasil, um país ainda subdesenvolvido, com essa crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19, piorou ainda mais uma situação que já era muito grave, porque a economia brasileira não vinha conseguindo se recuperar de modo a reduzir drasticamente o elevado índice de brasileiros desempregados.

Com o aprofundamento da crise sanitária, a crise econômica agravou-se ainda mais e não há nenhuma perspectiva da retomada da economia brasileira no curto prazo. A nossa economia que é dependente da economia global. O crescimento da economia brasileira em tempo de pandemia para alguns analistas econômicos é do tipo voo de galinha.

O que precisa ser dito com muita clareza é que não haverá recuperação econômica sem a efetiva participação do estado, dando suporte a vigência dos programas de crédito emergencial e a abertura de linhas de financiamento, principalmente para as pequenas empresas, parcelar o pagamento dos tributos que foram adiados e instituir um programa de repactuação dos débitos tributários, também faz parte do socorro do estado às empresas endividadas e dar vazão à reforma tributária, que deve tornar a cobrança de impostos mais racional para gerar aumento de competitividade dos produtos brasileiros tanto no mercado interno como externo. 

O Brasil para enfrentar essa série de crises que acontecem concomitantemente e tudo sugere que não serão superadas sem um grande esforço do estado brasileiro, poderia copiar o New Deal do presidente Franklin D. Roosevelt, uma série de programas implementados nos EUA entre 1933 e 1937, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, além de auxiliar os prejudicados pela Grande depressão de 1929: trabalhadores e empresas.  Com investimento maciço em obras públicas, na construção e recuperação de usinas hidrelétricas, barragens, estradas, pontes, hospitais, escolas, aeroportos, em suma: em obras estruturantes etc. Tais obras geraram milhões de novos empregos e com o governo de Roosevelt fixando ainda um salário mínimo para os brasileiros sem nenhum tipo de renda, aumento das parcelas do seguro desemprego e um tipo de seguro aposentadoria para os maiores de 65 anos.

O governo brasileiro para vencer essa onda de crises que ninguém sabe quando irá passar, precisa e com uma certa urgência ousar na criação de programas que possibilitem ao país buscar sua recuperação econômica. Se for preciso endividar ainda mais o país para socorrer o povo brasileiro que isso seja feito por uma boa causa.

O estado deve ser o maior indutor da economia em tempo de crises profundas como este que o Brasil está vivendo.

Por Tomazia Arouche

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