Nenhum governante brasileiro tem independência para governar, seja em que instância for. "Se nem eu governei com independência, porque Dilma governaria?". Essa frase de autoria do ex-presidente da república, por duas vezes, Fernando Henrique Cardoso (FHC), dita com a mais absoluta sinceridade e digna de um intelectual responsável, escancara de vez para o povo brasileiro, aquilo que muita gente desconhece: a camisa de força a que vive submetido o prefeito, o governador e até o presidente da república. Todos, absolutamente todos, refém de todo tipo de acordos políticos, que lhes permitiu chegar ao poder. .
Nós formadores de opinião, costumamos cobrar dos nossos governantes, decisões e posições, que na maioria das vezes independem das suas próprias vontades. Acontece que são tantos os jogos de interessem que envolvem a administração pública brasileira, que para administrar, o governante precisa antes de tudo, de atender primeiro aos interesses de um conjunto de forças heterogêneas, que só votam a favor do chefe do Poder Executivo, após serem atendidas em todas as suas reivindicações -, que são mais individuais do que coletivas.
Administrar um país como o Brasil, cuja cultura política, não acompanhou o espírito da modernidade, o governante leva mais tempo administrando conflitos e atendendo o pleitos da base que lhe dá sustentação, do que tratando de assuntos de interesse do povo. Ainda mais, quando essa base é formada por partidos fisiológicos, que entendem e encaram o poder, como uma bolsa de valores, onde se compra e vende apoios. E a barganha não acaba nunca, com os chefes do Poder Executivo, nunca deixando de ter um saldo devedor.
O PMDB é o grande 'mascate' da política nacional. Um partido que vive de fazer negócios, no coração do poder.
O PMDB é um tipo de amante, de gigolô, do qual a amada depende para existir, assim como o sangue que nos corre nas veias. Consciente desse seu papel nesse jogo de sedução e poder, o PMDB se impõe pela sua enorme capacidade de atender as necessidades de cada momento, de que lhe leva para a cama.
Na realidade, no Brasil os governantes eleitos pelo voto popular, reinam e o PMDB governa. Isso desse a fundação da Nova República, com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney.
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