O esporte preferido das nossas autoridades é falar mal da imprensa brasileira. Mas, ai de nós, se não fosse a imprensa séria deste pais, que vive a denunciar “o mar de lama” que ameaça a todo momento tragar a nação brasileira.
Os indicadores sociais do Brasil melhoraram nas últimas três décadas, é verdade, desde que o social passou a fazer parte da agenda dos nossos principais governantes, mas foi uma melhora muito tímida diante da miséria abissal que ainda freqüenta, mais da metade dos lares brasileiros.
Uma miséria que ainda perdura em nosso país, devido aos elevados índices de corrupção verificados nos três poderes da republica, sobretudo no Poder Executivo que tem no Poder Legislativo um fiel colaborador. Uma verdadeira força auxiliar.
Diante das denuncias que estão sendo feitas contra o ex-corregedor da Câmara Federal, o deputado federal Edmar Moreira (DEM-MG), a diretora da sucursal da revista Época no Rio de janeiro, Jornalista Ruth de Aquino, na revista de número 560, escreveu um artigo, onde mostra com toda a sua verve e retrata de forma magistral, o caráter e as mazelas típicas do caráter macunaímico das nossas autoridades. É claro que existem as exceções.
Nesse seu texto de titulo bastante sugestivo, “Um castelo cafona no reino da hipocrisia”, Ruth Aquino, aborda um assunto que nos últimos adias tem prendido atenção do povo brasileiro, que é as denuncias contra o ex-corregedor da Câmara Federal Edmar Moreira, que tem contra si, alguns processos e uma riqueza de dar inveja em Bill Gates.
Nada contra a riqueza conquistada honestamente, o que não vem a ser o caso desse parlamentar, porque segundo as denuncias publicadas em toda imprensa nacional, um simples capitão da Policia Militar do Estado de Minas Gerais, sem receber nenhuma herança, consegui adquirir um patrimônio tão grande, que só o seu castelo avaliado no valor de R$ 25 milhões, já nos dá a verdadeira dimensão da sua fortuna.
Como diz Ruth de Aquino, “o vício insanável da amizade”, que permeia todo o tecido político nacional, acrescido do espírito corporativo que está presente em todas as nossas instituições, facilita a impunidade, com os membros de cada instituição, agindo de modo a se defenderem mutuamente.
Um Corregedor que não resiste a uma investigação minimamente séria, como pode agir em defesa da moral e da ética na atividade parlamentar? Esse é o Brasil, onde o doente para se tratar, tem que deixar o hospital.
O Ministério Público é uma instituição a ser preservada, pois é ainda o único refúgio, para um povo que necessita de proteção.
Em Tempo:
O substittuto do mineiro Edmar Moreira, é o deputado federal baiano ACM Neto, o herdeiro politico do ex-imperador baiano Antonio Carlos Magalhães, de quem herdou o nome e parte da esperteza política do seu avo. ACM Neto é um coronel da política melhorado, nem por isso, menos maquiavélic e astuto.
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