terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O PT cometeu suicídio político

Já passado quase 24 horas das eleições para as presidências da Câmara Federal e do senado, e eu não consigo entender quais as razões que levaram o Partido dos Trabalhadores (PT), a não assumir prá valer a candidatura do senador Tião Viana (PT-AC), pois até os apoios de alguns membros do PT à candidatura petista foram feitos de maneira muita tímida.

Com o fato já consumado, chega-se a seguinte conclusão: o PT cometeu um erro primário que um partido com a sua história não deve cometer jamais -, que foi o de desistir de ser poder.

O PMDB ao assumir o comando dessas duas Casas Legislativas, passa a dividir com o presidente Luis Inácio Lula da Silva, o comando do governo. O que já vinha sendo feito, mas sem que esse partido tivesse o efetivo controle do Poder Legislativo.

Sem poder contrariar o maior e mais forte partido brasileiro na atualidade e ainda tendo que conviver com uma crise financeira que ameaça consumir num curto espaço de tempo todo o capital político conquistado pelo governo Lula nesses seus quase sete anos de governo; posso afirmar que o PT é um partido com dias contados (fim do ano de 2010) para se afastado do poder pelas portas do fundo.

O poder nas mãos de quem não tem maturidade política para administrá-lo acaba devorando todos os seus integrantes, de modo a que não sobre ninguém para escrever uma história que poderia ter sido escrita com letras maiúsculas, mas que a ingenuidade, a vaidade e o espírito de inferioridade dos seus protagonistas, acabaram por transformá-la numa história medíocre e que só serve com registro.

Em Tempo:

Quando eu me lembro de um encontro realizado no município de Volta Redonda, promovido pela Igreja católica, sob o comando do bispo Dom Waldir Calheiros; quando nessa oportunidade foi colocado em discussão a criação de um partido feito por trabalhadores; isso no ano de 1979 - sou tomado por uma nostalgia e uma sensação de frustração tão grande, por ter a plena consciência do que veio a se transformar um partido que foi criado para resgatar a dignidade, a moralidade e a ética na política brasileira, mas que passado já quase três décadas, esse mesmo partido que foi criado em cima de princípios rígidos de compromissos com este país e a sua gente, acabou traindo todos esses ideais. Como bem disse o deputado federal Flávio Dino, o PT deixou de ser o ator principal para se contentar apenas com o papel de figurante ou coadjuvante.

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