sexta-feira, 9 de abril de 2010
Morro e não vejo tudo!
Com esse bordão o saudoso jornalista Donizete Adalto dos Santos, diariamente abria o seu programa Comando do Meio Dia na TV Timon. Como quem pretende chamar a nossa atenção para um fato absurdo, que julgamos impensável de acontecer. Esse jornalista paranaense que deu personalidade a essa classe no estado do Piauí, ao se impor como profissional, ao perceber um bom salário, se vestir com distinção e se preparar muito bem para realizar uma entrevista. O que antes da sua presença em solo piauiense, não acontecia. Os profissionais da terra até então eram mal remunerados e se apresentavam diante das câmeras de televisão sem a postura elegante que o exercício dessa profissão requer. A maioria deles, nem carro tinham muito menos terno de grife para apresentar um telejornal.
Dito isso vamos ao que importa que seja levar ao conhecimento da opinião pública piauiense a postura adotada por um parlamentar deste estado que ao se apresentar em qualquer programa de televisão ou se manifestar a respeito de qualquer assunto, faz sempre questão de se identificar como um homem muito ligado a Igreja Católica. E veja qual o posicionamento desse político piauiense com relação ao projeto de iniciativa popular que é patrocinado pela mesma igreja que o deputado federal Nazareno Fonteles faz questão de se identificar com ela. O projeto em questão é o Ficha-limpa.
"Postura de cautela também diz ter adotado o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). Apontado por entidades como contrário à matéria, Nazareno diz que “pessoalmente” não tem nada contra o projeto, mas que faz ponderações em torno da proposta por causa do “que tem escutado nos corredores do Congresso”.
“Se fosse para votar, eu votaria a favor. Mas eu fui mais prudente para tentar construir um projeto mais seguro. A gente tem que ver que as instâncias estaduais da Justiça são muito reféns de interesses locais. Muitos deputados conhecem a força da influência dos estados e se sentem reféns disso”, disse Fonteles.
Para o deputado petista, o projeto ficha limpa é “café pequeno” diante da moralidade necessária na política brasileira. Fonteles afirma que o país precisa de uma reforma política, com aprovação do financiamento público exclusivo de campanha. A bandeira dessa reforma política, aliás, amplamente defendida no Congresso. Mas, assim como o projeto ficha limpa, a proposta é silenciosamente embargada na Câmara.
“Tem gente lá na Câmara que está contra o ficha limpa, mas não quer dizer que está contra para não se expor, nem se desgastar com a opinião pública. E na hora de votar, alguns desses podem inclusive votar a favor, porque não querem sofrer desgastes com a pressão popular. Isso acontece”, disse Fonteles. “Mas a gente sabe que você pode derrotar uma matéria votando contra, mas também com ausência e assim não tem como dizer se o deputado é favorável ou contra, porque cada um tem sua agenda para justificar a falta”, declarou. (Portal Vermelho)
Essa parte citada acima foi extraída do Portal Vermelho (do PCdoB), um veículo de comunicação ligado a um partido que se identifica com o pensamento do petista Nazareno Fonteles.
Qual a explicação para um político tido e havido como ético, ser contra um projeto que tenta moralizar a política nacional e que tem o apoio total e irrestrito da Igreja Católica? Essa o senhor Nazareno Fonteles (PT), um homem com a aparência de santo, não vai conseguir explicar nem para os seus companheiros de partido e muito menos a sua Igreja.
Se eu já tinha um pé atrás com a nossa classe política, o deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI), me convenceu agora de uma vez por todas, que todo político brasileiro é igual, seja ele de direita ou esquerda.
A política como disse um certo pensador é a ciência do viável. Vai ver que a aprovação desse projeto não é do interesse do deputado federal Nazareno Fonteles, assim como também não é do seu companheiro de partido, o deputado federal José Genoino (o mensaleiro), aquele que você lembra, participou da Guerrilha do Araguaia e escapou ileso e hoje é uma amigo das Forças Armadas.
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