domingo, 2 de maio de 2010

O Brasil precisa passar por um choque de renovação



Os políticos brasileiros são mais velhos do que a Sé de Braga. Na idade e na maneira de pensar. Um é a fotocópia do outro.

Quando o nome da senadora Marina Silva (PV-AC), apareceu como sendo de uma provável candidata a presidência da república, muito embora ela já tenha uma trajetória política bastante longa e com muitos anos de estrada, torci, fiz campanha para que ela deixasse o PT e viabilizasse a sua candidatura, mesmo por um partido que tem como um dos seus líderes, o deputado federal Zequinha Sarney (PV-MA), um dos herdeiros do político brasileiro que mais representa o atraso e a política feita por oligarcas. Mas pensei cá com os meus botões: em que pese à presença do filho de José Sarney no partido de Marina Silva, pensando bem, é ela quem vai imprimir uma nova política ao Brasil, caso seja eleita por esse partido. Ela que teve a coragem de romper com o seu ex-partido, por discordar das orientações partidárias e do caminho que o Partido dos Trabalhadores (PT) passou a trilhar na companhia de políticos que o país consciente, rejeita e gostaria de vê-los banidos para sempre da cena política nacional.

Mas a candidata do Partido Verde, Marina Silva, devido a sua formação religiosa, optou por fazer uma política, sem querer desagradar os seus ex-companheiros de partido e a candidata do PT, Dilma Rousseff. O que fez com que a sua candidatura perdesse completamente o sentido, uma vez que se a candidata Dilma e o Partido dos Trabalhadores não têm telhado de vidro, não existe razão, pelo menos aparente, para uma candidatura de oposição de alguém que até bem pouco tempo comungava dos mesmos ideais de Dilma. Nesse caso, a polarização entre os candidatos José Serra e Dilma Rousseff, se deu. E isso selou o fim da candidatura de Marina Silva. Os marineiros, como são chamados os fiéis seguidores da candidata verde, ainda tentam manter a sua candidatura de pé, mas ela não tem mais nenhuma chance. A não ser que radicalize ao ponto de superar a candidata petista.

O Brasil não pode ficar na dependência só de dois partidos, que até por um acordo firmado entre as suas principais lideranças, finjam ser oposição um ao outro, de modo a que quando um partido sai do governo o outro naturalmente ocupa o seu lugar. Como se de fato estivesse havendo uma alternância de poder. Ai você deve estar imaginando que eu devo ter pirado ou coisa assim, por pensar e verbalizar semelhante asneira. Mas não podemos esquecer que Serra nunca fez uma oposição sistemática ao governo Lula e quando critica o governo do PT, o faz de maneira muito suave.

Na política brasileira acontecem coisas que até deus duvida. Como por exemplo, o PT está brigando com o PSDB pelo apoio do Partido Progressista (PP) do deputado federal Paulo Salim Maluf (PP-SP) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), do homem que detonou a crise do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson. Eu posso até em determinados momentos não girar bem, defender umas teses meio amalucadas, mas no Brasil, em se tratando de política tudo é possível.

No estado do Piauí, a política vai pelo mesmo caminho, ou seja, não existe nada de novo. Nem nos personagens e muito menos em termo de programas de governo. Todos os candidatos vivem apelando para as generalidades, sem apresentar projetos que sejam capazes de mudar a cara e a realidade do Piauí. Na política piauiense o novo não existe, infelizmente!

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