quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não me iludo mais com nada, porque sei como tudo isso vai acabar

Chega um momento nas nossas vidas, que até mesmo o amor, encaramos com ceticismo. Quando esse momento chega, passamos a ver a vida sob o prisma de uma realidade que não nos permite mais sonhar, criar ilusões e achar que a vida é sempre bela. Como podemos ser otimista a respeito do nosso futuro, enquanto ser individual ou como coletividade, quando as tragédias se sucedem a todo instante sem que o homem possa fazer absolutamente nada para evitá-las? Quase nada, porque a aventura humana já foi longe demais ao permitir que o homem super-povoasse a terra.

Após investigar bastante sobre o que me produz esse desencanto pela vida, descubro sem grandes esforços que na raiz de todos os problemas que hoje afligem a humanidade, reside a super população, que obriga o homem a produzir lixo em quantidade excessiva, esse mesmo lixo que precisa cada vez mais de espaço físico para ser armazenado, o que leva a destruição de grandes áreas de verdes que poderiam ser aproveitadas para a produção de alimentos.

Toda vez que a população aumenta, maiores extensões de terras são exigidas, para a construção de usinas hidrelétricas, para atender a demanda das indústrias, da calefação nos países extremamente frios, para o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado nos países extremamente quentes e para a iluminação das cidades.

Com o aumento da população, as áreas verdes desaparecem, com a cosntrução de novas moradias, com o seu uso para produção agrícola e com a exploração de madeiras que serão usadas para a construção móveis e utensílios domésticos.

O petróleo, por exemplo, do qual a humanidade toda se tornou dependente, além de poluir o meio ambiente, ainda produz tragédias ecológicas como essa que aconteceu no Golfo do México, que destarte toda a tecnologia disponível, pouco ou quase o nada o homem está podendo fazer para pelo menos diminuir os efeitos danosos ao meio ambiente provocados pelo vazamento de petróleo. E o Brasil, um país de terceiro mundo, ainda se jubila por descoberto petróleo na camada pré-sal, há mais de 6000 metros de profundidade, que caso ocorra um acidente como esse que aconteceu nos EUA, a tragédia terá uma amplitude mundial.

Acabo de ler o livro Crises e oportunidades em tempos de mudança, dos autores Ignacy Sachs, Carlos Lopes e Ladslau Dowbor, onde esses três cientistas fazem um diagnóstico perfeito das crises mundiai, inclusive econômicas, mas onde eles se negam a admitirem que na raiz de todos os problemas que a humanidade começa a sofrer, está a explosão demográfica, que é onde tudo começa.

Sem querer ser pretensioso, mas duvido que exista algum demógrafo, climatólogo, ambientalista que negue essa verdade que se nos apresenta de maneira clara, transparente, que é a super população, como sendo a responsável por tudo de ruim que está acontecendo com o nosso planeta. Com o nosso mundo. O que nos reserva o futuro é um destino trágico. Seja ele qual for. No amor, inclusive!

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