Eu não conheço nenhum político brasileiro altruísta, que faz política pensando em fazer história. E fazer história nada mais é, do que o político se dedicar ao povo, fiscalizando as ações do governo e criando leis do interesse da coletividade.
Os políticos brasileiros, via de regra, fazem política pensando no enriquecimento fácil, que eles conseguem ao fazerem outra opção, ao passarem a trabalhar em defesa dos interesses de grupos econômicos, do próprio governo, o que nem sempre coincide com os interesses da gente humilde que não se sente protegida por aqueles que foram eleitos para defender os seus interesses, mas que ao serem entronizados, esquecem os compromissos assumidos durante as campanhas e na maioria das vezes, até mesmo as suas origens.
No Brasil, o político a partir do seu primeiro mandato, seja de vereador, deputado estadual, deputado federal ou senador, já muda de status social (passa a viver no mundo dos ricos), por ter amealhado num curto espaço de tempo muito dinheiro, ou seja, apenas um mandato sendo o suficiente para ele conseguir recursos, que um empresário trabalhando honestamente, levaria muito tempo para consegui-lo.
A começar pela eleição de um candidato, já dá para perceber as reais intenções do sujeito, porque uma eleição neste país, qualquer que seja a eleição, não se conquista na base do convencimento feito através de um discurso ideológico, de propostas que visam o bem público e o interesse comum, mas da troca pura e simples do voto por um objeto qualquer. Com esse objeto, podendo ser até mesmo dinheiro. Não é à toa que muitos políticos nos últimos anos estão tendo os seus mandatos cassados, graças ao papel que vem sendo desenvolvido pelo ministério público eleitoral, formado por jovens que se hoje ocupam um cargo importante, deve-se exclusivamente aos seus méritos próprios. A propósito: o Ministério Público é a instituição que hoje no Brasil, seguido pela OAB que merece o maior respeito do povo brasileiro. Isso se aplica a todos os promotores de justiça deste país. Ainda bem, que a Constituição Federal de 1988, deu ao promotor público brasileiro independência para trabalhar sem se preocupar com as ameaças do governador de plantão. A lei inamovibilidade, também lhes assegura mais tranquilidade.
Em alguns setores da vida nacional, percebe-se uma mudança para melhora, mais no espectro político não se percebe nenhuma mudança no que diz respeito uma postura de retidão adotada pela nossa classe política, seja individual ou coletivamente.
Se o Brasil fosse um país sério, o filho de um político brasileiro, não tinha motivo nenhum para se orgulhar do seu do pai. É óbvio que toda regra cabe exceção. As mulheres podem ser incluídas no rol das exceções. Ah, essas mulheres maravilhosas!
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