O estado do Ceará, segundo alguns economistas nordestinos, inclusive o prefeito de Teresina, Elmano Ferrer com quem já tratei desse assunto, só conseguiu mudar a sua realidade, a partir do momento em que o Centro Industrial do Ceará (CIC), com o apoio do governador Luiz Gonzaga Motta a época, um herdeiro dos coronéis Cesar Cals, Virgílio Távora e Adauto Bezerra, criou um fórum permanente de discussão da realidade cearense; o que acabou resultando na eleição de um empresário, no caso Tasso Jereissati, que com a sua visão empresarial, administrou o Ceará como se administra uma empresa. Não por acaso, o estado do Ceará é hoje na região Nordeste, o Estado que mais cresce e com maior perspectiva de desenvolvimento.
O estado do Piauí entra governo e sai governo, e o que se observa é uma série de descontinuidade ou a ausência de um planejamento estratégico, sem o qual este estado continuará patinando, sem sair do lugar. Mas os seus ex-governadores vivem a celebrar um crescimento que só existe nas suas mentes demagógicas, porque na realidade o Piauí não se desenvolveu, pelo menos dentro de uma perspectiva otimista, como aconteceu com os estados do Maranhão, Pernambuco e Ceará. O estado do Maranhão tão criticado, muito por ser a terra de José Sarney, hoje já dispõe de uma boa infra-estrutura, que permite a esse estado desenvolver-se independentemente do governo federal de plantão. O mesmo pode ser dito a respeito do CE e PE.
Enquanto que o estado do Piauí, ainda não dispõe de nenhuma infra-estrutura. Até a sua malha ferroviária que ligava Paranaíba a São Luís, passando por Teresina foi desativada. E ainda vem o ministro dos Transportes lançar um projeto de ampliação do trem de passageiros, que os piauienses chamam pomposamente de Metro. Esse trem nem metro de superfície é - basta comparar como o Metro de superfície de Recife (foto). Esse é um Metro decente.
Por essas e outras é que se faz urgente uma mudança na mentalidade administrativa do estado do Piauí, cujos administradores ainda vivem com os dois pés fincados no atraso, administrando este estado como se administra uma pequena propriedade, sem se preocupar em produzir bons resultados, pensando unicamente em se perpetuarem no poder. Os estados modernos, hoje são administrados como empresas, que tem necessariamente que apresentar sempre resultados excelentes.
Os piauienses que tanto admiram o estado do Ceará, porque não seguem o seu bom exemplo, copiando o que deu certo na política desse Estado vizinho, usando um atalho para atingir o mesmo nível de desenvolvimento alcançado pelo Ceará, com uma vantagem, não tendo que aprender com erros.
A Associação Industrial do Piauí (AIP), que já preparou um documento como subsidio para os candidatos a governador, deve começar a pensar logo na criação de um fórum permanente de discussão da realidade piauiense.
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