O jornalista e blogueiro Tony Rodrigues, no seu blog em matéria de hoje, faz uma pergunta no mínimo incomoda: que fez o ministro César Ásfor Rocha, do STJ, pelo estado do Piauí para merecer um titulo de cidadão piauiense? Boa pergunta essa!
Esse questionamento feito por esse jornalista, me fez lembrar a atitude da promotora de justiça Selma Regina, da Comarca de Timon no estado do Maranhão, que ao ser informada que estava sendo votado um projeto na Câmara Municipal que lhe outorgava o titulo de cidadã timonense, convocou a imprensa para declinar esse tão honroso título, usando como justificativa para esse seu gesto, o fato de não ter feito nada que não fosse do seu dever pela comunidade que servia. Daí ela não ver nenhum sentido nessa pretensa homenagem.
No Brasil não se homenageia um pessoa pelo mérito, mas pelo que o homenageado poderá fazer pelo autor da honraria num futuro, próximo ou distante. Eu pelo menos não conheço nenhuma atitude altruísta do ministro César Ásfora Rocha, que justifique qualquer titulo dessa natureza, uma vez que ele ganha muitíssimo bem para exercer o cargo que ocupa.
No Brasil que merece medalhas e honrarias, são os policias sérios, que dão as suas vidas pela nossa segurança. Os bombeiros, uma categoria feita por bravos. Mas atentem bem para o que eu disse: os policiais civis, militares e bombeiros, sérios, esses sim, merecem todo o nosso respeito e as nossas homenagens.
Ministros, desembargadores e juízes ganham muito bem para exercerem as suas profissões, num país onde o salário mínimo é uma miséria e mal dá para o trabalhador fazer uma ração diária.
Os autores desses projetos que concedem títulos de cidadania, invariavelmente querem agradar, fazer um mimo, para quem no futuro lhes possa ser condescendente. Esse via de regra é o objetivo que se esconde por trás dessa gentileza. E o brasileiro por ser romântico, sempre acaba sendo grato.
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