segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Redescobrindo Josué Montello

Como dizia o emérito pensador Blaise Pascal, precisamos saber fazer bom uso das nossas enfermidades. Pois foi o que fiz nesses últimos dias ao me sentir enfermo, não sei ao certo, se do corpo ou da alma ou dos dois juntos, mas doente, de uma doença que me deixava mole, sem ter disposição e  motivação para escrever.

Pois foi num momento como esse, que redescobri o escritor Josué Montello, primeiro através do seu livro Diário da Manhã, seguido dos livros Os Tambores de São Luís e Cais da Sagração. Livros esses que me fizeram voltar a São Luís da minha juventude, pelas mãos desse escritor notável que foi comparado aos maiores escritores do mundo, como Thomas Hardy e William Faulkner, pelo escritor, jornalista e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Austregésilo de Athayde.

Josué Montello através da sua vasta obra, quase toda ela inspirada em motivos maranhenses, aprisiona o seu leitor desde o início dos seus romances, pela translucidez cristalina, extrema naturalidade e técnica narrativa  apurada na usa forma de escrever. Os livros de Josué Montello não cansam o seu leitor, que como bem disse o crítico inglês Martyn Goff do The Daily Telegraph, comentado o seu livro, afirmou que basta ler a primeira frase de qualquer livro desse escritor maranhense, para o leitor ficar preso à sua narrativa até à sua derradeira linha.

O Maranhão, um estado reconhecidamente, como sendo um grande produtor de literatos, como Aloísio Azevedo, João Mohana, Humberto de Campos, Bernardo Coelho de Almeida, Viriato Correa, Graça Aranha e Coelho Neto, tem em Josué Montello, entre todos, o mais produtivo. Josué Montello que presidiu e reformou a Academia Brasileira de Letras (ABL) 

Com as suas evocações a São Luís,  uma constante nos seus livros localizados na capital maranhense, o escritor Josué Montello, resgata alguns termos já fora de uso, nos revela uma cidade prestes há completar quatro séculos, mas que mantém ainda viva uma cidade onde o passado se faz presente no futuro. 

No Brasil e quiçá no mundo, nenhum escritor produziu tanto quanto Josué Montello. Só diários ele escreveu quatro. Uma obra vasta e muita rica.

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