quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A reeleição acaba viciando os políticos

O Brasil necessita de uma reforma política com certa urgência. A reforma política significa mudanças nas regras e instituições que formam o sistema político vigente. Muitos dos problemas que ainda enfrentamos nos períodos eleitorais se dão em virtude da falta de interesse político em encarar essa reforma tão necessária e num contexto amplo, que necessariamente diz respeito a mudanças no sistema político, na cultura política; tanto na sociedade como no Estado.

Um dos itens mais importantes da reforma político-eleitoral que defendemos, passa necessariamente pelo fim da instituição da reeleição, que numa jogada de puro casuísmo eleitoral, foi forjada no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), o que maculou para sempre  a imagem e biografia do homem que decretou o fim da inflação no Brasil, ao lançar o Plano Real.

O deputado estadual Merlong Solono (PT), eleito em 2010, surpreende o mundo político piauiense ao propor o fim da reeleição para a presidência da Assembléia Legislativa do estado do Piauí, que se nada for feito nesse sentido, poderá ficar elegendo o atual presidente dessa casa, o deputado estadual Temístocles Filho, indefinidamente.

Convém lembrar que a reeleição no Brasil é permitida pela Constituição Federal. Então, o que de mal há na reeleição? O que depõe contra o instituto da reeleição, são os meios que quem está no poder deles se utiliza para nele permanecer. E como o brasileiro tem uma cultura, que faz com que ele acabe colocando sempre os interesses individuais, acima dos interesses coletivos, qualquer reeleição acaba sendo sempre um jogo de cartas marcadas, onde quem está no poder, manipula as cartas sempre a seu favor.

O Partido dos Trabalhadores (PT), que na eleição de 2010 perdeu os anéis e os dedos, deveria pelo menos tentar presidir essa casa, para que o seu prejuízo seja menor. Podendo contar inclusive com o apoio do PSB, partido do governador, como um gesto de reciprocidade.

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