Um dos lideres do Partido dos Trabalhadores (PT), Antonio Machado divulgou ontem uma Carta Aberta aos petistas, onde discorda frontalmente da liderança do senador Wellington Dias (T-PI), a quem compara ao ex-senador Mão Santa, que na sua sede de poder, lançou de uma só vez, a sua esposa Adalgisa de Moraes Sousa, candidata a prefeita de Teresina e o seu filho Junior, candidato a prefeito da Parnaíba, município piauiense que fica no litoral.
Nessa sua carta, Antonio Machado afirma que o seu partido condena a política familiar ou de um grupo que se considera dono do PT. Uma política que segundo ele, vem sendo estimulada por esse senador e pelo grupo que lhe segue, tentando impor ao partido mais uma vez o seu nome ou o nome sua esposa, que segundo o próprio Antonio Machado, não tem um historio de luta dentro dessa agremiação partidária, assim como o presidente do PT estadual, o ex-tucano Fábio Novo, que na opinião de alguns analistas políticos é o principal responsável pelo PT não ter apresentado candidatura própria ao governo do estado do Piauí em 2010.
Uma carta de grade apelo emocional, capaz de tocar no mais recôndito do petista sério e verdadeiro, do tipo que pensa primeiro o seu partido, para depois pensar nos seus próprios interesses, que geralmente coincidem, por se tratarem de valores éticos e morais defendidos pelo Partido dos Trabalhadores e colocados na prática por sua militância.
Até ai tudo Bem! Mas a carta desse petista inconformado com os rumos que o seu partido vem tomando, como por exemplo, o de renunciar a sua verdadeira vocação, que é de crescer e intervir na vida brasileira; muda de tom, quando ele defende abertamente uma coligação com o PTB do prefeito de Teresina Elmano Férrer. A principio eu não tenho dada contra essa aliança, até porque eu sou daqueles que no momento atual, não consegue vislumbrar nada que diferencie o PT dos demais partidos brasileiros.
Mas o que se percebe nessa aliança defendida por Antonio Machado e alguns outros nomes que dirigem esse partido a nível municipal é que por trás desse discurso bem estruturado, se esconde a busca por um emprego já, a garantia da indicação de nome como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Elmano e a eleição de algumas cabeças coroadas de um partido que abandonou o pensamento coletivo pelo pragmatismo que prioriza o individual.
O PT ao chegar ao poder se descaracterizou completamente, por assumir uma nova personalidade. Personalidade essa, que acabou por jogá-lo na vala comum, onde se encontram aqueles que se convencionou chamar de partidos tradicionais. O PT envelheceu precocemente. O PT é hoje um partido desfigurado, uma caricatura daquilo que foi no passado.
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