terça-feira, 12 de julho de 2011

Os EUA cogitar da aplicação de moratória era algo impensável

Se Se os EUA não conseguirem aprovar a elevação do teto da sua dívida  pública, não lhe restará outra alternativa, senão, declarar moratória, algo impensável até bem pouco tempo, até o momento em que a diretora-presidente do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde, aventou essa possibilidade.

O que uma declaração unilateral de moratória dos EUA poderá representar para a economia mundial? As conseqüências para a economia mundial, ainda convalescente de uma crise que começou na economia  mais poderosa do mundo em 2007 e ameaçada pela turbulência financeira na Europa, podem ser trágicas. A inadimplência americana seria "um golpe tremendo às bolsas ao redor do globo, porque os Estados Unidos são um país muito importante para o restante do mundo", alertou em entrevista à rede ABC Christine Lagarde.

Atualmente, o limite de endividamento dos EUA é de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 23,2 trilhões), o que significa 92,3% de todas as riquezas produzidas por lá em um ano, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB). É necessário esclarecer que os números abrangem apenas os débitos públicos. O endividamento total do país (governos, empresas e indivíduos) é bem maior. Equivalia em 2009, segundo dados do FMI, a cerca de US$ 49 trilhões, ou 4/5 do PIB mundial.

Não restam dúvidas que os Estados Unidos, bem mais que Grécia e Portugal, estão excessivamente endividados. A dívida, negligenciada por alguns economistas iludidos pelo suposto poder do dólar, é o pano de fundo da crise que se instalou em 2007 e contaminou o mundo, desdobrando-se nos dramas que estão em curso na zona euro.

Os EUA que sempre socorreu os países mais pobres em redor do mundo, quandos esses países mergulhavam numa crise financeira, inverte a sua posição no cenário internacional, passando a depender da ajuda externa para enfrentar uma crise sem precedentes na sua história -, pela primeira  vez tendo que recorrer a esse recurso.

A moratória para aos não iniciados em economia é a suspensão ou adiamento do pagamento de uma dívida. Uma medida extrema que os países lançam mão, toda vez que não podem honrar as suas dívidas.

O mundo inteiro mergulhou numa turbulência sem fim, desde o fatídico ano de 2007,  quando começou o derretimento da economia mundial, provocado pela crise financeira internacional, que teve como estopim, a crise imobiliária norte-americana, conhecida como subprime.



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