Piauienses representam 34,9% da
população do Maranhão, segundo IBGE. Especialistas
afirmam que migração massiva começou há séculos.
G1 MA
O JMTV exibe uma série de reportagens sobre a migração de
brasileiros de outras regiões para o Maranhão. Na primeira reportagem, você vai
ver que nosso estado há muito tempo tem sido destino certo para muitos
nordestinos e os vizinhos paraenses.
Um dos atrativos certamente é natureza generosa do lugar.
O único estado do Nordeste coberto em parte pela Floresta Amazônica, o Maranhão
tem terra fértil, rios, lagos e o segundo maior litoral do país. Um oásis que
atrai gente de toda a parte. Muitos trazem na bagagem a esperança de recomeçar
tudo por aqui.
A busca por melhores condições de vida alimenta o sonho de
muita gente que deixa pra trás a cidade natal, o estado e a família. O Maranhão
virou desde muito tempo o destino de quem esperava encontrar aqui a
oportunidade dos sonhos.
De acordo com o economista José Reinaldo Barros Júnior, a
migração começou séculos atrás. “O Maranhão foi durante muitas décadas uma
espécie de Canaã para os nordestinos. Nós recebemos constantemente fluxo de
pessoas vindas do Piauí, do Ceará, de Pernambuco. O Maranhão recebeu essa força
de trabalho nos séculos passados”, contou.
Essa preferência continua até hoje. Segundo o Censo 2010,
das 230.440 pessoas que vieram morar no Maranhão nos últimos 10 anos, 59.827
são do Pará; 37.327 do Piauí; 21.470 de São Paulo. Os piauienses representam
34,9% da população; os cearenses 17,8%; os paraenses 12,7%. O número de
mirantes do Pará cresceu de 1991 e 2010 no Maranhão, ao contrário dos estados
do Ceará e do Piauí.
“Entre o Pará e o Maranhão há uma uniformidade cultural,
do ponto de vista da linguagem, do gosto pela música, e também do ponto de
vista ambiental”, destacou José Reinaldo Barros Júnior, tecnologista da
Informação do IBGE.
Em TemPo:
Nas décadas 30, 40, 50 e 60, o estado do Maranhão funcionou
como um centro de refugiados de nordestinos, fugitivos de um seca cruel e
impiedosa. Um trecho da música de Teresina a São Luís, de autoria
de João do Vale, fala dessa realidade quando ele se despede dos seus
companheiros de viagem: “Alô Croatá, os cearenses acabam de chegar. Pra
meus irmãos uma safra bem feliz.Vocês vão para pedreiras e eu vou pra São Luis”.
No Maranhão costuma-se dizer à guisa de gozação com nordestinos de outros estados metidos
a besta, que nas regiões do Pindaré e Mearim, de cada 10 maranhenses, 11 são
piauienses, pernambucanos, paraibanos, baianos e cearenses. (Dom Severino)

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