quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Maranhão é o destino escolhido por muitos nordestinos para morar

Piauienses representam 34,9% da população do Maranhão, segundo IBGE. Especialistas afirmam que migração massiva começou há séculos.

G1 MA


O JMTV exibe uma série de reportagens sobre a migração de brasileiros de outras regiões para o Maranhão. Na primeira reportagem, você vai ver que nosso estado há muito tempo tem sido destino certo para muitos nordestinos e os vizinhos paraenses.

Um dos atrativos certamente é natureza generosa do lugar. O único estado do Nordeste coberto em parte pela Floresta Amazônica, o Maranhão tem terra fértil, rios, lagos e o segundo maior litoral do país. Um oásis que atrai gente de toda a parte. Muitos trazem na bagagem a esperança de recomeçar tudo por aqui.

A busca por melhores condições de vida alimenta o sonho de muita gente que deixa pra trás a cidade natal, o estado e a família. O Maranhão virou desde muito tempo o destino de quem esperava encontrar aqui a oportunidade dos sonhos.
De acordo com o economista José Reinaldo Barros Júnior, a migração começou séculos atrás. “O Maranhão foi durante muitas décadas uma espécie de Canaã para os nordestinos. Nós recebemos constantemente fluxo de pessoas vindas do Piauí, do Ceará, de Pernambuco. O Maranhão recebeu essa força de trabalho nos séculos passados”, contou.

Essa preferência continua até hoje. Segundo o Censo 2010, das 230.440 pessoas que vieram morar no Maranhão nos últimos 10 anos, 59.827 são do Pará; 37.327 do Piauí; 21.470 de São Paulo. Os piauienses representam 34,9% da população; os cearenses 17,8%; os paraenses 12,7%. O número de mirantes do Pará cresceu de 1991 e 2010 no Maranhão, ao contrário dos estados do Ceará e do Piauí.

“Entre o Pará e o Maranhão há uma uniformidade cultural, do ponto de vista da linguagem, do gosto pela música, e também do ponto de vista ambiental”, destacou José Reinaldo Barros Júnior, tecnologista da Informação do IBGE.

Em TemPo: 

Nas décadas 30, 40, 50 e 60, o estado do Maranhão funcionou como um centro de refugiados de nordestinos, fugitivos de um seca cruel e impiedosa. Um trecho da música de Teresina a São Luís, de autoria de João do Vale, fala dessa realidade quando ele se despede dos seus companheiros de viagem: Alô Croatá, os cearenses acabam de chegar. Pra meus irmãos uma safra bem feliz.Vocês vão para pedreiras e eu vou pra São Luis”. No Maranhão costuma-se dizer à guisa de gozação com nordestinos de outros estados metidos a besta, que nas regiões do Pindaré e Mearim, de cada 10 maranhenses, 11 são piauienses, pernambucanos, paraibanos, baianos e cearenses. (Dom Severino)

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